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Prometer vacina para Covid em 2020 é grave desserviço ao público, avalia Presidente da Merck

FRONTLINER - 21 Jul, 2020 -



Unidade industrial Merck Serono em Vevey, Suiça. Foto: © 2020 Merck KGaA, Darmstadt, Germany

"Se você vai usar uma vacina em bilhões de pessoas, é melhor você saber o que essa vacina faz", alerta Ken Frazier.


Atualização 03/08 - O diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (3) que uma vacina para Covid-19 pode não se tornar realidade.


“Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista”, disse o diretor-geral. “Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”.


A OMS voltou a recomendar o distanciamento social, a higienização das mãos com constância, o uso de máscaras onde apropriado e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.


Ken Frazier, Presidente e CEO da principal produtora de vacinas do mundo, a gigante farmacêutica Merck & Co., em entrevista à Professora Tsedal Neeley, da Harvard Business School, lembrou que a vacina mais rápida já trazida ao mercado foi o medicamento da Merck contra a caxumba. Levou cerca de quatro anos.


A vacina da Merck para o Ebola levou cinco anos e meio e só neste mês foi aprovada na Europa.


A vacina para tuberculose levou 13 anos, rotavírus 15 anos e catapora 28 anos.


Frazier explicou que o processo de desenvolver uma vacina é demorado porque requer uma rigorosa avaliação científica. No caso da Covid, "nem sequer entendemos o vírus em si ou como o vírus afeta o sistema imunológico".


Frazier disse que as diferentes abordagens, de cerca de 160 programas de desenvolvimento no mundo, visam criar uma vacina que possa ser segura, eficaz e durável, porém ressaltou que são três questões diferentes.


"Ninguém sabe ao certo se algum desses programas de vacinas produzirá ou não uma vacina como essa. O que mais me preocupa é que o público está com tanta ansiedade, tão desesperado para voltar à normalidade, que está nos empurrando [a indústria farmacêutica] para mover as coisas cada vez mais rápido", alertou.


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