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O "Grande Saldo Adiante" remasterizado e protagonizado por Xi Jinping

03/03/2020


- THE EPOCH TIMES -

Tradução César Tonheiro


China enfrenta crise de segurança alimentar devido redução do nível e poluição das águas subterrâneas

3 de março de 2020 por Chriss Street


A China enfrenta uma crise na produção de alimentos devido a suas políticas agrícolas que incentivam o bombeamento excessivo de água subterrânea e a degradação do solo para maximizar a produção.


Desde a conclusão do “Grande Salto Adiante” do líder do Partido Comunista Mao Zedong para expandir a indústria, coletivizando as fazendas da China em 1962 até a sua “Primeira Pesquisa Nacional de Poluição do Solo” em 2014, os recursos de água doce renováveis per capita da China caíram 52%, de 4.225 para 2.062 pés cúbicos, de acordo com um novo relatório da Enodo Economics.


Pelo menos 45 milhões de pessoas morreram e a produção agrícola caiu durante o Grande Salto Adiante. Mas a produção aumentou após a morte de Mao em 1976, principalmente devido à infra-estrutura patrocinada pelo governo para aumentar o uso das águas subterrâneas e redução dos produtos químicos agrícolas.


A China, com 9% da terra arável do mundo e agricultura intensa de tamanho médio de 2,5 acres, de modo geral conseguiu alimentar seus 19% da população do mundo devido à exploração de três grandes aquíferos de água fóssil (paleoágua); além de cada ano liderar o mundo no consumo de mais de 30% do suprimento global de fertilizantes e pesticidas, de acordo com o relatório.


O aqüífero mais importante é o aqüífero do norte da China, que se alonga pela planície de Pequim, estendendo-se para leste até Shanhaiguan, no mar de Bohai, e para o sul até Nanjing. É um recurso hídrico essencial para abastecer 13% da produção agrícola da China, 70% de sua produção de carvão e 11% de sua população.


Mas com a urbanização triplicando nos últimos 50 anos, 400 das 655 cidades da China agora também dependem das águas subterrâneas. Com a água fóssil se esgotando rapidamente, “mais de 50 cidades estão passando por subsidência, incluindo Pequim, Tianjin e Xangai. Em algumas partes do país, a superfície terrestre afundou mais de 20 cm”, afirmou o relatório.


A Academia Chinesa de Ciências também revelou em 2016 que 21% das terras aráveis continham níveis excessivos de metais pesados, com 5% classificadas como fortemente poluídas. O estudo culpou os subsídios do governo para fertilizantes à base de nitrogênio que encorajaram os agricultores a negligenciar a conservação do solo. Mas agora o esgotamento resultante do solo significa que volumes cada vez maiores de nutrientes são necessários, contudo geram retornos agrícolas cada vez menores.


A Enodo Economics adverte que o desempenho do setor agrícola é um "risco fundamental de médio prazo para a economia chinesa". Assim como o Reino do Meio [Zhongguo], nas duas primeiras décadas deste século, gerou um choque de demanda global que atingiu os preços dos metais e da energia: "Os próximos 10 anos deverão testemunhar uma transformação semelhante nas commodities leves" [soja, milho, arroz, etc.].


Ao contrário da expansão da produção de metal e energia, que exige enormes investimentos e tempo para construir a infraestrutura, a agricultura é de primordial importância política para o regime chinês. Metais e energia podem ser produzidos 24 horas por dia e 365 dias por ano, mas o suprimento agrícola atinge o pico na época da colheita; depois depende do armazenamento de estoques de alimentos.


O primeiro documento do Comitê Central emitido a cada sessão plenária anual inclui a agricultura. A sessão plenária é uma reunião a portas fechadas, com cerca de 370 oficiais de elite do Partido Comunista Chinês (PCC) participando e discutindo futuras mudanças e políticas de pessoal. O  13º plano quinquenal emitido em 2016 listou a agricultura como a terceira prioridade estatal mais importante, atrás apenas de crescimento e inovação. O PCCh prometeu que o Projeto de Transferência de Água Sul-Norte, o maior e mais caro projeto de infraestrutura do mundo, desviaria água suficiente para abastecer a faixa de grãos do norte da China.


Mao Zedong discutiu o projeto pela primeira vez em 1952 como a resposta para os problemas hídricos da China. Mas a Enodo Economics disse: "A China simplesmente não possui recursos de água doce suficientes para apoiar os níveis existentes e muito menos a produção agrícola". Normalmente, os preços do milho na China são em média duas vezes superiores aos dos Estados Unidos, antes de cair quase 40%, a China relatou [ou blefou] que acumulou 61% das reservas de milho do planeta.


A Enodo Economics acredita que as reservas informadas não existem, porque esse armazenamento a longo prazo estaria sujeito a deterioração substancialCombinada com a redução das águas subterrâneas e a crise de poluição, a Endo Economics espera que a inflação dos preços dos alimentos na China cresça dramaticamente.



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