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Japão diz que precisará despejar água radioativa de Fukushima no oceano

O provável destino será o Oceano Pacífico, mas não sem antes passar por um rigoroso processo de descontaminação.


Tanques de armazenamento de água de Fukushima deverão ficar cheios no final de 2022. Crédito: Kazuhiro Nogi/Reprodução

OLHAR DIGITAL - 8 Abr, 2021 -

KAIKE LIMA -


O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse na última quarta-feira (7) que chegou o momento de decidir qual será o destino da água radioativa da usina nuclear desativada de Fukushima. O provável destino será o Oceano Pacífico, mas não sem antes passar por um rigoroso processo de descontaminação.


De acordo com o político, isso deve acontecer porque em breve a planta ficará sem espaço para armazenar toda a água subterrânea contaminada que vaza para dentro da instalação. O plano é bastante polêmico e enfrenta forte oposição de pescadores, que temem não conseguir vender seus peixes por conta de um preconceito com o pescado de águas radioativas.


Antes do descarte no Oceano Pacífico, a água será purificada da melhor forma possível para diluir todo o trítio radioativo, um composto persiste mesmo após o processo de limpeza. Depois disso, aí sim começará o processo de despejo, que será feito ao longo de 30 anos.

“O que fazer com a água tratada é uma tarefa que o governo não pode mais adiar sem estabelecer uma política”, disse o ministro do Comércio japonês, Hiroshi Kajiyama, em entrevista coletiva concedida na última quarta-feira.


Água não deve se tornar imprópria


Yoshihide Suga ainda não bateu o martelo sobre o destino da água radioativa de Fukushima, mas a decisão deve ser tomada em breve. Caso a opção seja mesmo o descarte no mar, o plano é diluir o trítio até somente 2,5% da concentração máxima permitida por protocolos nacionais antes do despejo.


Segundo autoridades japonesas, isso não tornará a água perigosa para as pessoas ou contaminará os peixes da região. Contudo, os pescadores têm seus motivos para ficarem desconfiados, já que, atualmente, em torno de 15 países, incluindo China, Hong Kong e Taiwan, ainda restringem a importação de produtos advindos de Fukushima.



Com informações da Futurism


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