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"China é carvão. Carvão é China."

- THE EPOCH TIMES - 7 MAIO, 2021 - Frank Fang - Tradução César Tonheiro -

A China emite mais gases de efeito estufa do que os países desenvolvidos combinados: relatório


A China emitiu mais gases de efeito estufa (GEE) do que os Estados Unidos e todos os outros países desenvolvidos combinados em 2019, de acordo com um relatório publicado em 6 de maio pela empresa de pesquisa Rhodium Group, com sede em Nova York.


O relatório descobriu que a China sozinha foi responsável por mais de 27% do total das emissões globais, com os Estados Unidos sendo um distante segundo lugar com 11%. A Índia ficou em terceiro lugar com 6,6%, seguida pelo bloco de 27 países da União Europeia com 6,4%.


A emissão da China atingiu quase 14,1 gigatoneladas de equivalentes de dióxido de carbono em 2019, mais do que o triplo dos níveis de 1990 e um aumento de 25% na última década, de acordo com o relatório. As emissões globais em 2019 ultrapassaram 52 gigatoneladas.


Além disso, a emissão per capita da China atingiu 10,1 toneladas em 2019, que aumentou quase três vezes nas últimas duas décadas, de acordo com o relatório. O número foi ligeiramente inferior à média de 10,5 toneladas per capita encontrada nas 37 nações que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).


“Embora os dados globais finais para 2020 ainda não estejam disponíveis, esperamos que as emissões per capita da China excedam a média da OCDE em 2020, já que as emissões líquidas de GEE da China cresceram cerca de 1,7%, enquanto as emissões de quase todas as outras nações diminuíram drasticamente na esteira da pandemia COVID 19”, afirmou o relatório.


A China é o maior produtor e usuário de carvão do mundo. De acordo com dados da ONG Global Energy Monitor, com sede em San Francisco, havia 1.082 usinas elétricas movidas a carvão operando na China em janeiro deste ano. Além disso, a China está construindo mais 92 estações e 135 estão em fase de pré-construção.


Enquanto isso, Pequim também tem financiado projetos fósseis em países que assinaram a “ Iniciativa Belt and Road ” da China (BRI, também conhecido como “One Belt, One Road”). De acordo com o Conselho de Relações Exteriores sem fins lucrativos com sede em Nova York, a China esteve envolvida em 240 usinas de carvão nesses países em 2016.


“Os investimentos em combustíveis fósseis do BRI tornarão o combate às mudanças climáticas mais difícil”, concluiu a organização sem fins lucrativos.


Países atrelados ao BRI [endividados] tornaram-se reféns de Pequim em um “futuro de energia consumidora de carvão”, informou a AFP em dezembro do ano passado, com projetos chineses de [extração] de carvão em andamento em países como o Zimbábue e o Paquistão.


BRI é uma iniciativa de investimento lançada por Pequim em 2013 para construir rotas comerciais ligando a China e outras partes do mundo.


Em resposta ao relatório do Grupo Rhodium, o senador Rick Scott (R-Flórida) fez um alerta no Twitter sobre trabalhar com Pequim nas mudanças climáticas.


“A China comunista é o pior poluidor do mundo e não podemos confiar que ela fará algo para mudar o curso”, escreveu Scott.


Ele acrescentou: “Enfrentar nossa mudança climática requer soluções reais, mas não podemos fingir que acordos ineficazes com mega-poluidores como a China comunista farão qualquer coisa para avançar nessa missão”.


A China e os Estados Unidos se comprometeram a cooperar na luta contra a mudança climática após uma viagem à China do enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, em abril. A viagem de Kerry foi criticada por vários legisladores republicanos, incluindo Scott, dizendo que foi um esforço infrutífero.


Dias depois da viagem de Kerry, o líder chinês Xi Jinping participou de uma cúpula do clima liderada pelos Estados Unidos em 22 de abril, durante a qual disse que a China "limitaria estritamente" seu consumo de carvão de 2021 a 2025 e o reduziria nos cinco anos seguintes . Xi também reiterou sua promessa anterior em setembro do ano passado sobre a China se tornar zero carbono até 2060.


Kerry recentemente atraiu mais críticas de vários legisladores republicanos por causa de seu comentário em uma entrevista ao Foreign Policy.


“Temos diferenças nas regras econômicas, no ciberespaço. Temos outras diferenças em direitos humanos, interesses geoestratégicos, mas essas diferenças não devem atrapalhar algo tão crítico quanto lidar com o clima”, disse Kerry ao Foreign Policy.


O deputado Michael McCaul (R-Texas), o principal republicano no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, disse ao New York Post que Kerry deveria “reconsiderar suas prioridades”.


“Exigir que o PCCh pare de cometer genocídio não 'atrapalha' as negociações sobre mudanças climáticas, e sugerir que as questões climáticas são mais críticas do que as vidas de milhões de pessoas oprimidas que vivem na China são insensíveis e impróprias”, afirmou McCaul.


Em janeiro, o então Secretário de Estado Mike Pompeo declarou que o Partido Comunista Chinês (PCC) cometeu genocídio e “crimes contra a humanidade” contra os uigures e outras minorias em Xinjiang.


O deputado August Pfluger (R-Texas), membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, acessou o Twitter em 6 de maio para dizer que os comentários de Kerry são “nojentos e moralmente errados”.


“A China comunista está cometendo genocídio — forçando milhões de muçulmanos #Uyghur a entrar em campos de trabalho forçado, sujeitando muitos a crimes contra a humanidade. Os EUA não podem fechar os olhos e afastar esses abusos”, escreveu Pfluger.


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