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A taxa de desemprego jovem da China bate recorde

- THE EPOCH TIMES - Alex Wu - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - 2 JUN, 2022 -

Candidatos a emprego procurando vagas de emprego em uma feira de recrutamento em Qingdao, na província de Shandong, leste da China. (STR/AFP via Getty Images)

A China registrou recentemente sua maior taxa de desemprego juvenil até o momento. No entanto, o número de graduados universitários também está atingindo um recorde este ano. Esses elementos, juntamente com um declínio econômico causado pelos bloqueios COVID-19 do regime comunista, estão tornando a questão do desemprego especialmente aguda.


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De acordo com dados publicados pelas autoridades em meados de maio, a taxa de desemprego entre os jovens chineses de 16 a 24 anos chegou a 18,2% em abril, um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a março, provocando ampla preocupação e discussões na mídia chinesa. Os artigos nos principais portais de notícias da China compararam o número recorde com outros países durante o mesmo período. Um artigo no 163.com listou a taxa de desemprego entre jovens de 16 a 20 anos nos Estados Unidos em 9,5%, a taxa de desemprego entre jovens com menos de 24 anos no Japão foi de 3,8% no mês passado; em Taiwan, em março, a taxa de desemprego de jovens com menos de 24 anos foi de 12,48% e no Reino Unido foi de 10,6%.


A taxa de desemprego juvenil na China é basicamente o dobro da dos países europeus e americanos. Também é 46% maior que a de Taiwan e deve ser considerada uma situação muito séria, disse o artigo.


Os números não incluem os estudantes universitários que se formarão em julho deste ano.


De acordo com dados do Ministério da Educação da China, em 2022, o número de estudantes de graduação que se formarão na faculdade atingirá um recorde de 10,76 milhões, um aumento anual de 1,67 milhão. É também a primeira vez que o número anual de graduados universitários ultrapassou 10 milhões.


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Em 30 de maio, a grande mídia chinesa China Business Network publicou um artigo intitulado “4000 pessoas competem por 30 vagas: os 10 milhões de recém-formados da China enfrentam um enorme desafio para encontrar emprego”. Foi republicado em outros grandes meios de comunicação na China continental e causou uma discussão acalorada na internet.


O artigo entrevistou uma estudante de graduação chamada Huang Qian, que se formou em inglês em uma universidade de ponta em Wuhan, na China central. Ela contou sua experiência de luta para encontrar um emprego.


Ela se candidatou a um cargo de professora de inglês em uma escola pública de ensino médio em Wuhan. Havia 300 a 400 candidatos competindo para uma vaga. Ela também se candidatou a um cargo governamental de baixo nível na província de Shandong. Haviam 30 vagas abertas, mas mais de 4.000 pessoas se candidataram. Ela ainda não recebeu uma oferta de emprego. Huang também se inscreveu em escolas de pós-graduação, mas também não teve sucesso, pois há muitos outros alunos de graduação também se inscrevendo.


O artigo se tornou um dos mais acessados na internet da China.


Um internauta postou: “É difícil encontrar um emprego, especialmente para graduados universitários que são da zona rural. Eles têm empréstimos estudantis para pagar e não conseguem encontrar um emprego após a formatura, causando uma grande pressão mental sobre eles.


Outro comentou: “Dentro de um ou dois anos, os graduados com diploma de bacharel nem conseguirão encontrar um emprego em uma fábrica para fazer parafusos. No futuro, a posição de zelador pode exigir um mestrado.”

Estudantes em uma feira de empregos para graduados em uma universidade em Shenyang, província de Liaoning, China, em 21 de março de 2019. (Reuters)

O regime chinês tem pressionado um número cada vez maior de graduados universitários todos os anos a frequentar escolas de pós-graduação, a fim de adiar a questão do emprego. No entanto, até a mídia chinesa continental reconhece que a estratégia não está mais funcionando. Um artigo no 163.com dizia que, por um lado, a economia da China está caindo e o número de empregos está diminuindo; por outro lado, a força de trabalho aumentou em mais de 10 milhões. Este é um grande problema que incomoda e afeta a estabilidade social. As medidas que foram adotadas no passado para prolongar o tempo de permanência na escola deixam de vigorar em 2022, admitiu o artigo.


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De acordo com o “Relatório de mercado de emprego do primeiro trimestre de 2022 para graduados universitários”, divulgado pelo Instituto de Pesquisa de Emprego da China da Universidade Renmin e pelo principal site de empregos da China, Zhilian Recruitment, no primeiro trimestre deste ano, a demanda por graduados universitários caiu 8% em comparação com o ano anterior, enquanto o número de candidatos a emprego aumentou 75% no mesmo período.


Outro relatório divulgado recentemente pela Zhilian Recruitment, “Relatório de Pesquisa de Empregabilidade de Estudantes Universitários de 2022”, mostra que, em maio, a taxa de graduados do sexo masculino que assinaram contratos de trabalho era de cerca de 23%, e apenas 10% das mulheres formadas assinaram, ambos são menos do que ocorreu no ano passado.


Li Yiming, um comentarista chinês de assuntos atuais, disse ao Epoch Times que a economia da China já estava em declínio, mas agora as medidas politizadas de prevenção do COVID-19 são outro duro golpe para a economia. Empresas estrangeiras se retiraram da China e empresas nacionais estão demitindo funcionários. O emprego será naturalmente difícil para os graduados da faculdade.

Fang Xiao contribuiu para o relatório.


Alex Wu é um escritor norte-americano do Epoch Times com foco na sociedade chinesa, cultura chinesa, direitos humanos e relações internacionais.


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