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A Internet é uma máquina de vigilância em massa

22/10/2019


- BREITBART -

LUCAS NOLAN




Um relatório recente de especialistas em segurança e privacidade da empresa Tutanota, que se apresenta como uma alternativa ao Google, descreve como a vigilância em massa se tornou um lugar comum on-line e o efeito que isso tem na liberdade de expressão.


Em um relatório recente intitulado "Por que um sistema de crédito social é tão assustador" ( https://tutanota.com/blog/posts/social-credit-system/ ), a empresa de segurança Tutanota, que se anuncia como uma "alternativa ao Google que respeita a privacidade, com calendário, anotações, armazenamento na nuvem , todos criptografados de maneira padrão", descreve como a vigilância em massa se tornou um problema crescente na Internet e os efeitos que isso tem na sociedade.


Tutanota usa o exemplo do sistema de ‘crédito social’ chinês no qual as pessoas obtêm empréstimos do governo por realizar certas ações em benefício do partido comunista. Tutanota afirma que já existe um sistema de crédito social semelhante no Ocidente, mas que simplesmente não é tão óbvio:


“É claro que ninguém o chama de ‘sistema de crédito social’, mas se você pensar sobre isso, ele já está aqui: a companhia de seguros que calcula seu prêmio de risco com base nas informações coletadas nas redes sociais. O banco que calcula sua credibilidade financeira e, portanto, suas taxas de juros, de acordo com as informações fornecidas pelo Schufa (sistema alemão). Desabilitar contas do AirBnB e Uber, por exemplo, se o proprietário da casa ou o motorista o denunciarem por "mau comportamento", sem lhe dar a opção de recorrer.


Estes são apenas alguns exemplos que mostram claramente que alguma forma de sistema de crédito social já foi estabelecio. Existem empresas que coletam informações sobre você que trazem consequências com base nessas informações. Isso é basicamente o mesmo que um sistema de crédito social.


A única diferença com o ameaçador sistema chinês é que ele ainda não está interconectado. Se o Uber o bloquear, você ainda poderá usar um táxi. Se o seguro solicitar um prêmio alto, você poderá procurar outro. Mas e se isso mudar”?


Tutanota afirma que, como está atualmente, tudo o que as pessoas fazem  on-line é rastreado por seus navegadores da web, por terceiros através de cookies e por quase todos os sites nos quais elas se conectam, como Google e Facebook. O grupo afirma que "a Internet inteira é uma simples máquina de vigilância" que coleta dados fornecidos livremente pelos usuários e cria perfis para eles com base em suas ações online. Segundo o relatório, atualmente essas informações são usadas apenas para publicidade direcionada, mas e se fossem usadas para mais do que isso?


Esse perfil virtual terá consequências na vida real da pessoa: você pode não obter o empréstimo necessário para comprar uma casa devido ao mau crédito social. Você pode não conseguir o seguro do carro e, portanto, ficar preso no transporte público devido ao mau crédito social.


A maioria das pessoas pensa que essas consequências não os afetarão porque vivem como bons cidadãos. Afinal, esse é o objetivo de qualquer sistema de crédito social: forçar as pessoas a serem bons cidadãos. E o que há de errado nisso?


O problema é a definição de "bom": para as empresas "bom" pode significar pessoas que são clientes recorrentes, que compram bastante e gastam demais. Para os governos, "bom" pode significar pessoas que seguem as regras e não reclamam. Em todas as situações. Não importa o que o governo decida.


Tutanota afirma no relatório que "qualquer sistema de crédito social, privado ou público, prejudica a liberdade de expressão" e encoraja as pessoas a proteger seus dados privados. Uma das maneiras pelas quais os usuários da internet podem fazer isso é abandonando o Facebook e o Google. Neste link ( https://tutanota.com/blog/posts/how-to-leave-google-gmail ) eles sugerem como os internautas podem fazer isso.



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Lucas Nolan é repórter do Breitbart News, cobrindo questões de liberdade de expressão e censura on-line. Siga-o no Twitter @ LucasNolan ou envie um email para lnolan@breitbart.com


Artigo original:

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