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A América Dividida - A Colheita: A Quinta Internacional

- HEITOR DE PAOLA - MÍDIA SEM MÁSCARA - 23 DE FEVEREIRO DE 2005 -


A pesquisa com a qual comecei esta série de três artigos demonstra claramente a divisão da opinião pública americana. Mas enquanto internamente prevaleceu, momentaneamente, o apoio às teses mais tradicionais, resultando na vitória expressiva de George W Bush, no exterior a situação é bem diferente. Nunca o anti-americanismo esteve no nível em que está hoje. Pela primeira vez espocaram em tom de seriedade, em vários países – inclusive nos EUA - a idéia absurda de que o mundo todo deveria votar nas eleições presidenciais americanas. E teria certamente dado Kerry de barbada. Mesmo no interior dos EUA, pesquisas mais recentes indicam a preferência da maioria por um governo “de coalizão” com o Partido Democrata.


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“Não podemos esperar que o povo americano salte de uma só vez do capitalismo para o comunismo mas podemos ajudar seus líderes eleitos a administrar pequenas doses de socialismo, até que um dia os americanos acordem e se dêem conta de que chegaram ao comunismo”.
NIKITA S.KRUSCHËV


“O povo americano jamais adotará, conscientemente, o socialismo. Mas sob o nome de ‘liberalismo’ aceitará todos os pontos do programa socialista, até que, um dia, a América será uma nação socialista, sem nem ter noção do que aconteceu”.
NORMAN THOMAS
(Candidato do Partido Socialista a Presidente dos EUA de 1932 a 1948).


A pílula do anti-americanismo é dourada por belas expressões ou palavras-chave: um mundo melhor é possível, paz agora, multilateralismo, etc. Ora, quem não quer viver num mundo melhor, em paz, em que o poder seja dividido eqüitativamente e não permaneça nas mãos de poucos arrogantes do Salão Oval? Por outro lado, se disseminam entre a população diversas ameaças, puras invencionices, como o perigo ambiental e o aquecimento global, a superpopulação, o anti-tabagismo histérico, as diferenças de renda entre pessoas e nações, a fome e/ou obesidade, etc. É preciso manter a população em permanente alerta aos inúmeros “riscos”, preparando-a para engolir a amarga pílula da “nova ordem mundial”, e do governo mundial que trará o “mundo melhor possível”, o orwelliano 1984 ou o admirável mundo novo sonhado por Aldous Huxley, ou o terrível mundo de H G Wells in The Shape of Things to Come.

Seguindo uma das normas básicas da desinformação – acuse os inimigos daquilo que você está fazendo -, disseminou-se a idéia fantasiosa de uma “globalização neoliberal” ou “consenso de Washington”, que não passa da livre circulação internacional de capital financeiro, sem pretensões de poder político. Enquanto isso, foi se formando uma verdadeira quinta internacional, a sucessora das anteriores, principalmente a terceira (comunista) que perdeu o fôlego, e a quarta (trotskista) que nunca decolou. Na opinião do sumo sacerdote do anti-americanismo, Noam Chomsky, “ela é a semente da primeira internacional ‘autêntica’, o sonho das esquerdas e das organizações de trabalhadores desde a origem dos tempos modernos”. Diferentemente das anteriores, no entanto, esta internacional não tem interesses homogêneos de longo prazo. Os grupos que a compõem diferem em tudo numa parafernália que, vista de perto, é pura insanidade, pois junta inimigos tradicionais, como muçulmanos radicais e movimentos gays, partidos operários e grandes financistas! Mas são unânimes nos ítens principais que os unem: o anti-americanismo e anti-sionismo radicais, o anti-liberalismo, a anti-democracia, o ataque às religiões judaico-cristãs, a liberação das drogas e do aborto, os movimentos ecológicos anti-capitalistas, etc. Sendo impossível listar todos os componentes, limitar-me-ei aos principais focos, deixando claro que todos se interpenetram numa rede mundial.

O FORUM SOCIAL MUNDIAL

O FSM, que reúne as mais variadas organizações esquerdistas, junto com uma fauna – e flora, pois abundam as ervas e papoulas – de jovens drogados, índios, desocupados em geral, que serve apenas para mascarar o que a cúpula realmente trata en petit comité: a coordenação de todos os movimentos comunistas mundiais que se dissimulam atrás da palavra social, para atrair aqueles que ainda sentem alguma ojeriza pela verdadeira, comunista. A idéia do FSM surgiu após os violentos distúrbios organizados contra a realização do encontro da World Trade Organization em Seattle, em 1999. A idéia – bem sucedida – era unir as organizações que comandaram os distúrbios. Apresentado como uma reunião de pessoas interessadas em construir uma “sociedade planetária” centrada no ser humano, não passa de um encontro de líderes esquerdistas, partidos ainda comunistas, ONGs e ativistas anti-globalização neoliberal, grupos “pacifistas” anti-americanos, organizações guerrilheiras, muçulmanos radicais, feministas e grupos gays, todos interessados em unir suas forças contra os EUA por ser o baluarte da civilização ocidental. Na verdade, o FSM não tem força para coisa alguma, como reconheceu o autodenominado sociólogo Emir Sader: “Apesar de tudo não conseguimos evitar a guerra do Iraque. Parece que nem existimos!” Para que possam valer alguma coisa é preciso – suprema ironia! – o auxílio do próprio inimigo: dividir a América, atraindo a quinta-coluna americana (ver Parte II). Para isto foi feito um bom uso dos resultados do logro chamado Perestroika. Entra em cena novamente Mikhail Gorbachëv. Quatro meses antes do “fracassado” golpe contra Gorbachëv, fundava-se em San Francisco, Califórnia, o Talmapas Institute, iniciativa de uma ONG denominada Global Security Project, uma entidade de cúpula de cidadãos americanos e soviéticos que, entre outras sandices, recomendava um sistema global de computadores como alternativa à Internet. Quando finalmente Gorbachëv vai morar lá o Talmapas Institute assume seu verdadeiro nome: Gorbachëv Foundation-USA. Não por coincidência, a geração que forjou Port Huron atinge posições de destaque e domina finalmente o Partido Democrata, a tal ponto que o veterano Senador Democrata pela Geórgia, Zell Miller ter trocado de Partido. Acusado pela esquerda, principalmente Carter, de traidor, respondeu com a frase de Ronald Reagan ao fazer o mesmo em 1962: “Eu não deixei o Partido Democrata; foi o Partido Democrata que me abandonou”. Referia-se à imensa esquerdização do Partido nas mãos dos ativistas anti-guerra do Vietnã.

O “SHADOW PARTY”

A esquerda do Partido Democrata prega, abertamente, o colapso da posição estratégica americana no mundo e a entrega da política externa e da defesa americanas a organismos “multilaterais” que sejam reconhecidos pela “comunidade internacional”. Quem assistiu aos debates Bush-Kerry lembra a ênfase de Kerry neste ponto, criticando o unilateralismo da decisão sobre a guerra do Iraque e o desrespeito às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A esquerda do Partido Democrata é verdadeiramente um ‘partido dentro do Partido’, ao qual vários comentadores políticos e jornalistas passaram a se referir como Shadow Party – um partido à sombra do Partido. É constituído por uma rede de grupos não lucrativos e não ligados abertamente ao Partido que levantam centenas de milhões de dólares para utilização na campanha presidencial. Conseqüentemente, a força motriz na luta política contra Bush foi um grupo de bilionários e milionários operando através das estruturas secretas do Shadow Party, fazendo uso de comitês que não precisam se registrar na Comissão Federal eleitoral nem divulgar a origem de seus fundos – por isto é chamado de soft money (dinheiro mole) - por força da Secção 527 do Código do Internal Revenue Service (IRS), o equivalente americano à nossa Receita Federal. A principal ‘sombra desta sombra’ é o indefectível George Soros, dono de uma fortuna de US$ 7 bilhões de dólares e disposto a encampar uma cruzada contra a re-eleição de Bush na qual investiu inicialmente US$ 18 milhões. As primeiras campanhas nas quais Soros usou o soft money já em 2000, foram duas de suas preferidas: o controle de armas e desarmamento civil com uma feroz campanha contra a National Rifle Association (NRA), e a legalização da maconha (estas campanhas terão algum ‘cheiro’ do Brasil atual?). A campanha contra Bush e, portanto o lançamento do Shadow Party, começou em 17 de julho de 2003 com a reunião de um grupo de estrategistas políticos, ricos doadores, líderes da esquerda operária e ativistas Democratas, grande número deles oriundos da administração Clinton, na casa de Soros em Southampton Beach, Long Island. Entre os participantes destaque para Peter Lewis, associado também na campanha da liberação da maconha, John Podesta, ex-Secretário de Clinton e Madeleine Allbright, ex-Secretária de Estado, idem. Obviamente, John Kerry tentou se desvencilhar imediatamente de qualquer associação com Soros, ligado a interesses anti-americanos externos (ver adiante), mas o próprio Soros, por razões inconfessáveis, revelou ao USAToday que falou diversas vezes por telefone com Kerry quanto ambos estavam passando férias em mansões vizinhas em Sun Valley, Idaho (estranho ter sido só telefone com esta proximidade!) e que evitaram um encontro pessoal por causa das imprevisíveis repercussões’. No entanto, suas maiores doações anti-Bush foram para a MoveOn.org – onde trabalha Zach Exley, assessor de Kerry – e a American Coming Together (ACT) – onde está seu chefe de campanha no Arkansas, Rodney Shelton. Tendo perdido a eleição o Shadow Party passou a utilizar outras táticas. Após três décadas de silêncio, no último Natal o ex-Senador e candidato presidencial Democrata derrotado, George McGovern, escreveu uma carta ao Los Angeles Times exigindo a rendição americana no Iraque e a volta dos militares para casa. A guinada à esquerda do Partido Democrata começou com sua campanha presidencial em 1972, cujo slogan era ‘American come home’, do Vietnã, claro. Praticamente todos os veteranos da luta contra a guerra do Vietnã estão unidos contra a guerra do Iraque. A Jane Fonda da vez – que justificava as ações comunistas como ‘libertação’ – é Michael Moore que afirma que Abu Musab al-Zarqawi está lutando para libertar o povo iraquiano da agressão americana.

A ONU

Em setembro de 2000 reune-se na sede da ONU o que foi considerado o maior encontro de Chefes de Estado da história: o United Nation's Millennium Summit. Os líderes das nações representadas eram pressionados a assinar diversos tratados de aceitação global, incluindo o controvertido Estatuto de Roma que abre caminho para a Corte Penal Internacional, feito sob medida para condenar americanos e israelenses e o Protocolo de Kyoto, também sob medida para paralisar a indústria americana. “Coincidentemente” do outro lado da ilha de Manhattam, no New York Hilton Towers reúne-se o State of the World Forum, convocado por quem? Ora, quem disse Gorbachëv levou o prêmio! Nesse Fórum ele exigia um novo e mais amplo papel para a ONU. O Forum – um projeto iniciado em 1994 pela Gorbachëv Foundation-USA – busca o diálogo entre líderes mundiais, tanto dos governos como de setores da “sociedade civil organizada” (lembram qual o discurso aqui no Brasil?) na busca de um novo paradigma para a civilização no limiar do novo milênio. Este novo paradigma inclui uma expansão radical da ONU com maior força de coerção sobre os governos nacionais. No seu discurso de abertura ele disse: ‘Em 1998 eu falei de um novo papel para a ONU. Além do Conselho de Segurança, devemos ter um Conselho Econômico e um Conselho Ambiental, ambos com igual autoridade ao de Segurança’. Embora tendo negado que estava propondo o controle sobre a liberdade econômica, sugeria que ‘o Conselho Econômico deverá ter direito de desenvolver regras que previnam situações explosivas, pois o mercado capitalista mundial sem regras nítidas traz a falência das economias menores e a recessão’. Acrescentou que ‘no final, as corporações internacionais terão que aceitar este controle’, no que um observador questionou se isto não seria apenas a internacionalização da versão marxista de controle econômico. O onipresente George Soros, na apresentação dos 500 participantes do Forum, disse que o mesmo era a quintessência da voz do globalismo enquanto criticava acerbamente as corporações e o Congresso Americano, controlado pelos Republicanos. No terceiro dia ficava claro que em todas as sessões cada orador abordava um novo ângulo da mesma idéia: a ONU deveria coordenar a governança global! Só assim haveria condições para assegurar os direitos humanos, mercados estáveis e direitos pessoais. Certamente algum mecanismo de força seria necessário para proteger os direitos de toda a Humanidade, obviamente, um exército planetário e transnacional. No principal Painel do Fórum – co-presidido por John Sweeney, Presidente da central sindical esquerdista americana AFL-CIO, Soros e Gorbachëv – foi proposto um novo globalismo bom em oposição àquele do “consenso de Washington”, que trouxe desigualdade entre as nações e violação dos direitos humanos. O Painel propôs, entre outras coisas, que os empréstimos do FMI fossem dirigidos diretamente a indivíduos e Ongs, sem necessidade de garantias nacionais o que certamente desnacionalizaria o capital, num primeiro passo para a inexorável abolição dos Estados Nacionais. Pregava-se ainda, a criação de um imposto sobre a circulação de capital.

AS ONGS

Cada vez mais as ONGs vão se tornando o maior lobby dentro da ONU. Calcula-se em 1.000 ONGs financiadas por Fundações americanas e européias defendendo a agenda estabelecida naquele Fórum de potencialização da ONU e contra a soberania americana. Incluem-se aqui, principalmente, as ONGs que exigem o desarmamento da população civil, pois um povo armado até os dentes como o americano não é fácil de dominar. Os grandes promotores do governo mundial são preponderantemente grandes corporações e universidades, think tanks e Fundações isentas de impostos – entre as principais estão o Council on Foreign Relations (CFR), a Trilateral Commission (TC), o Bilderberg Group (BG), e o Committee for Economic Development (CED). O padrão geralmente seguido pela ONU para aumentar seu poder é, mais uma vez, uma estratégia de pinça ou tesoura: por “baixo”, congressos, fóruns, manifestações de rua organizadas por estas ONGs para convencer a maioria da população mundial de que expressam um “consenso da comunidade internacional”; por “cima”, líderes corporativos, políticos e diplomatas que “apenas” respondem aos clamores de tal vontade da “sociedade civil organizada”. Porém, mais uma vez sem a cooperação de líderes americanos que desejam impor esta nova ordem mundial contra seu próprio País, nada seria possível. E é aí que entra o papel da esquerda do Partido Democrata e a proposta de leis que atentam contra o Bill of Rights, centradas contra a Segunda Emenda – principalmente a liberdade do estabelecimento de uma milícia armada e do porte de armas - e, de maneira cínica, aparentemente defendendo a Primeira – mormente a de não legislar sobre assuntos religiosos. Baseados nisto surgem os movimentos ateístas e pagãos que acionam os governos locais e o federal por qualquer coisa que se refira a símbolos ou crenças judaico-cristãs, o seu maior inimigo. Compare-se com a seguinte frase de Gorbachëv, em 15/12/1987 (já em pleno processo de Perestroika): “Não pode existir trégua na luta contra a religião porque, enquanto ela existir, o comunismo não prevalecerá. Devemos intensificar a destruição de todas as religiões aonde for que elas sejam praticadas ou ensinadas”. Nesta luta contam com outra quinta-coluna: a religiosa, infiltrada nas Igrejas americanas – tal como a Teologia da Libertação por aqui – através do National Council of Churches (NCC). Seu Secretário Geral, Rev. Robert Edgar, logo após a re-eleição de Bush, proferiu: ‘Esta eleição confirmou que esta é mesmo uma nação dividida, não apenas politicamente, mas em termos de nossa interpretação da vontade de Deus’. Seu Programa de Combate ao Racismo (PCR) é uma das maiores fontes de financiamento para os movimentos guerrilheiros comunistas do terceiro mundo. Um exemplo da atitude do NCC em relação à América Latina é a do Bispo Metodista James Armstrong, após uma visita a Cuba em 1977: ‘Há uma diferença significativa entre situações aonde as pessoas são aprisionadas por se oporem a regimes que perpetuam a desigualdade social, como no Chile e no Brasil p. ex., e aquela nas quais são aprisionadas por se opor a um regime que se propõe eliminar as desigualdades, como em Cuba’, argumento que passou a valer para todas as esquerdas e ainda hoje leva à execração dos militares chilenos, brasileiros, argentinos e uruguaios, simultaneamente com o enaltecimento de Fidel Castro. A campanha do NCC para apoiar os ambientalistas que pretendem liquidar a indústria americana levou o nome ridículo de “O que Jesus gostaria de dirigir?” (What Jesus would drive?), levada a cabo através do Evangelical Environmental Network (EEN), que defende que os problemas ambientais são primariamente espirituais – contra o planeta que Deus nos deu.

OS PAÍSES INIMIGOS E OS PAÍSES AMIGOS DOS INIMIGOS

A lista dos inimigos é sobejamente conhecida. Todo o mundo islâmico e a maioria dos países africanos, os países com pretensões hegemônicas como Rússia e China, os regimes de esquerda da América Latina. (Não abordarei estes últimos, recomendando aos leitores uma visita ao blog NOTALATINA, onde notícias e análises acuradas são apresentadas). Mas nem América Latina, nem África nem os sheiks têm poder suficiente para fazer frente ao imenso poderio militar americano e à sua vantagem tecnológica. Além da quinta-coluna americana, é fundamental a ajuda dos pseudo-aliados da Velha Europa! A Europa do apaziguamento, da “acomodação”, que apóia terroristas no Oriente Médio, considerando-os “combatentes da liberdade”, enquanto amealha grandes lucros armando-os. Depois que secou a torneira da ajuda soviética ao Iraque, Saddam apelou para o pseudo aliado mais hipócrita dos EUA: a França, que desde Napoleão não ganha uma batalha sequer, tendo sido invadida à vontade pelos alemães sempre que estes quiseram. Atualmente, em pleno “Quarto Reich” – o econômico – a França rendeu-se mais uma vez, com aparência de vitória, ao Euro, a moeda que substituiu o Marco no Banco Central alemão, carregando consigo toda a velha Europa, já quase uma Eurábia, de tão invadida pelos muçulmanos. A figura central da aliança é o Presidente Jaques Chirac, supostamente de “direita”, no país que inventou este eufemismo. Suas relações com Saddam datam de 1975 quando, como Primeiro Ministro, recebeu Saddam, então Vice-Presidente do Iraque, saudando-o como “um amigo pessoal”. Apesar do embargo determinado pela ONU, a França continuou vendendo peças de reposição para os Mirage F1 e helicópteros de ataque Gazelle. Segundo o Representante Republicana pela Pennsilvania, Curt Weldon, Vice-Presidente do Comitê das Forças Armadas, “a França, infelizmente, está se tornando menos confiável do que a Rússia, por transferir peças e tecnologia para Saddam”. Além disto, a França transferiu tecnologia nuclear para a construção e operação dos dois reatores nucleares de Bagdad. Saddam também adquiriu, durante o embargo da ONU, entre 650.000 e 1 milhão de toneladas de equipamento militar convencional. Os maiores fornecedores foram França, Rússia e China. Sabendo disto, o que poucos tomam conhecimento, é enojante ver as manobras hipócritas, mentirosas e irônicas dos representantes destes países no Conselho de Segurança da ONU que votou contra a guerra do Iraque! Some-se a isto o escândalo “oil for food”, com participação do filho (só do filho?) do Secretário Geral Kofi Annan. O que confirma a conclusão de Fred Gedrich. Após extenso estudo estatístico sobre as votações da Assembléia Geral da ONU, quase unanimemente anti-americana, concluiu que a ONU “é uma instituição moralmente corrupta e falida, porque serve como santuário para as forças mais sinistras do mundo”. Por que raios os EUA deveriam entregar os destinos de sua política externa e de defesa à ela? Mas a ONU não é obrigada a defender os EUA, nem a Rússia que só deixou de ser comunista no papel – e volta à antiga política soviética, apoiando e ajudando o programa nuclear do Irã -, nem a China, jamais se declaram aliadas dos EUA nem nunca foram por eles salvas da humilhação da invasão germânica. A França hipócrita, covarde, ingrata é traidora sim! Ou os EUA evoluem nas suas avaliações estratégicas – inclusive escolhendo melhores amigos – ou a divisão concreta da América é só questão de tempo. 2002 foi uma chance de respirar, mas e em 2006? Voltará a quinta coluna com Hillary Clinton? Teria sido 2002 apenas aquela “visita da “saúde” dos pacientes moribundos? O que virá: guerra civil ou o caos de Weimar?

 
Bibliografia válida para as três partes deste artigo: Anatoly Golitisyn, New Lies for Old, Clarion House, Atlanta, Ga, USA, 1984. The Perestroika Deception, Edward Harle, London & NY, 1990. Berit Kjos, Brave New Schools, Harvest House, 1982 Bill Gertz, Treachery: How American’s Friends an Foes are Secretly Arming our Enemies. Coletânea de artigos sobre a Nova Ordem Mundial: http://www.cephasministry.com/index_nwo.html lista de artigos David Horowitz, The McGovern Syndrome. & Richard Poe, The Shadow Party, Part I,II,III, (part I, com links para as outras duas) Fred Gedrich, UN General Assembly Voting Habits. Greg Yardley, The Fifth International, FrontPageMagazine.com, June 26, 2003. Henry Broder, Europe, thy Name is Cowardice, Welt am Sonntag, comentado por Mathias Dapfner CEO, Axel Springer. Hilton Kramer, The Twilight of the Intellectuals: Culture and Politics in the Era of Cold War, Ivan R Dee, Chicago, 1999. Jacob Laskin, The Church of the Latter-Day Leftists. Mona Charen, Useful Idiots: how Liberals got it wrong in the Cold War and still Blame America first, Regnery Publ., Washington, DC, 2003. Olavo de Carvalho, Porões Lacrados. Port Huron Statement of the Students for a Democratic Society, 1962, Courtesy Office of Sen Tom Hayden. Rachel Ehrenfeld & Shawn Macomber, The Soros-Kerry Nexus. Robert H Bork, Slouching Towards Gomorrah: Modern Liberalism and American Decline, Regan Books, NY, 1996. Stephen Koch, Double Lives: Spies and Writers in the Secret Soviet War against the West, The Free Press, NY, 1994. The Vicious Global Intelligence War Leading to Universal Chaos, Soviet Analyst, vol 28, 7-8. The State of the World Forum and the United Nations Millennium Summit, reportagem de Mary Jo Anderson. Who is John Kerry?, American Conservative Union (ACU), 2004. William Jasper, The United Nations Exposed, recomenda-se a leitura de excelente síntese do livro por Thomas R. Eddlem. Sobre o assunto leia também: A América dividida I e II - True Lies I e II - Este é John Kerry.

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Heitor De Paola, MSM, em 23 de fevereiro de 2005



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