REUTERS - Andrea Shalal e Kanishka Singh - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - COMENTÁRIO HEITOR DE PAOLA - 20 JAN, 2023
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, fala durante sua entrevista à Reuters em Nova Delhi, Índia, 11 de novembro de 2022. REUTERS/Altaf Hussain
DAKAR/WASHINGTON 20 Jan (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta sexta-feira que um possível calote norte-americano pode causar uma crise financeira global e minar o papel do dólar como moeda de reserva.
O governo dos EUA atingiu seu limite de empréstimos de US$ 31,4 trilhões na quinta-feira, um número que reflete o dinheiro já gasto pelo governo. Yellen informou aos líderes do Congresso que seu departamento havia começado a usar medidas extraordinárias de gestão de caixa que poderiam evitar a inadimplência até 5 de junho.
"Isso (o calote) poderia causar uma crise financeira global. Certamente prejudicaria o papel do dólar como moeda de reserva usada em transações em todo o mundo", disse Yellen em entrevista à CNN, acrescentando que em tal cenário muitas pessoas perderiam seus empregos e veriam seus custos de empréstimos aumentarem.
A Casa Branca está se recusando a negociar com os republicanos linha-dura sobre o aumento do teto da dívida porque acredita que muitos deles acabarão recuando em suas demandas, enquanto um coro crescente de investidores, grupos empresariais e conservadores moderados alertam para os perigos de um calote. Os republicanos na Câmara dos Representantes dos EUA querem cortes em alguns programas do governo.
Yellen disse que o teto da dívida era para gastos já autorizados pelo Congresso e não buscava nenhum gasto adicional.
"Portanto, não se trata de buscar o direito de se envolver em gastos adicionais. Trata-se simplesmente de pagar contas que o Congresso já autorizou", disse ela à CNN. "Isso é algo que você não pode negociar ou barganhar."
Yellen também discutiu seu recente encontro com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e disse que a China e os Estados Unidos devem continuar se comunicando regularmente e buscar perspectivas de cooperação em questões de importância global, como a mudança climática.
"Discutimos nossa cooperação e compromisso de trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais", disse ela.
Brasil's past and future!!!! Lembram do Sarney: dívida "soberana"? Não podemos cancelar projetos para os "pobres" (leia-se Sarney, Ulysses, Tancredo, Funaro et caterva). Seja lá o que for isto, nos levou pro buraco rapidinho. E a esquerda vibrou como sempre que tudo dá errado!!!
COMENTÁRIO HEITOR DE PAOLA -