- THE EPOCH TIMES - Andrew Thornebrooke - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - MAR 10, 2022 -
Uma guerra entre a China e Taiwan resultaria em uma vitória "miserável", independentemente de quem vencer, disse o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, a repórteres em 10 de março. Chiu acrescentou que seria melhor para ambos os lados evitar um conflito aberto.
“Se houver uma guerra, para ser franco, todos ficarão miseráveis, até mesmo os vencedores”, disse Chiu.
Os comentários foram feitos antes que o parlamento de Taiwan discutisse as implicações da invasão da Ucrânia pela Rússia em sua própria segurança nacional.
Especialistas acreditam que o Partido Comunista Chinês ( PCC ) está estudando a invasão da Ucrânia pela Rússia para delinear seus próprios planos para uma possível invasão de Taiwan.
A liderança do PCC afirma que Taiwan e seu território circundante são uma província separatista, embora a ilha democrática seja autogovernada desde a conclusão da Guerra Civil Chinesa em 1949.
O secretário-geral do PCC, Xi Jinping, prometeu unir a ilha e o continente e não descartou o uso da força para fazê-lo. A situação levou a temores generalizados de uma guerra no Indo-Pacífico, e os líderes militares dos EUA disseram que tal invasão poderia ocorrer até 2027.
O PCC continuou uma campanha de intimidação contra Taiwan após a guerra na Ucrânia e continua enviando aeronaves militares para a zona de identificação de defesa aérea de Taiwan quase diariamente. Horas depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, o PCC enviou oito caças e um reconhecimento pela área.
Apesar dos esforços habituais para desmoralizar o espírito taiwanês, Taiwan não relatou nenhum movimento incomum de tropas no continente. Chiu disse que continua preparado para se defender e manter seu autogoverno democrático.
“Observamos as mudanças com calma e estamos preparados para isso”, disse Chiu.
“É preciso realmente pensar nisso. Todos devem evitar guerras.”
Os militares de Taiwan também estão aprendendo com a invasão da Ucrânia e, segundo informações, já começaram a incorporar novos métodos de guerra assimétrica em seu planejamento militar.
O movimento em direção às capacidades e táticas de guerra assimétrica, em que uma força deve enfrentar outra força muito menos equilibrada, é um alicerce essencial da defesa nacional e ajudaria a ilha a infligir perdas significativas a uma força invasora, independentemente de seu tamanho.
As lições da Ucrânia são ainda mais importantes para Taiwan também porque ela deve estar preparada para defender militarmente seu território e seu povo em uma situação em que a assistência externa pode não estar prontamente disponível.
“Devemos defender nosso próprio país”, disse Chiu perante os legisladores na quinta-feira.
Andrew Thornebrooke é repórter do Epoch Times cobrindo questões relacionadas à China com foco em defesa, assuntos militares e segurança nacional. Ele tem mestrado em história militar pela Universidade de Norwich.
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