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Um prelúdio para a guerra

- THE EPOCH TIMES - James Gorrie - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - 11 MAR, 2023 -


Por que os aliados dos EUA na região da Ásia-Pacífico estão lutando para se rearmar?


Embora a fraqueza do governo Biden e o declínio na prontidão militar em relação à China não sejam relatados ou subnotificados nos Estados Unidos, as nações mais vulneráveis à agressão e intimidação chinesas estão cientes do risco crescente de guerra.



Quando as nações avaliam seu status de segurança nacional, elas analisam todas as alianças e associações, incluindo militares, econômicas etc. Um aspecto crítico dessa análise será os Estados Unidos e sua capacidade e disposição de cumprir suas obrigações estratégicas de segurança.

(ED) O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, o presidente Joe Biden, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi participam do evento Quad Fellowship Founding Celebration em Tóquio, Japão, em 24 de maio de 2022. (Yuichi Yamazaki/Getty Images)

Enfraquecimento das garantias de segurança dos EUA na região


Hoje, essas obrigações envolvem, antes de mais nada, as ameaças que a China e seu representante de fato, a Coreia do Norte, representam para a região. Todo conselheiro de segurança nacional ou ministro da defesa na região da Ásia-Pacífico que depende das garantias de segurança dos EUA deve se perguntar: “Estamos tão seguros hoje quanto estávamos ontem sob as garantias de segurança americanas?”


Em outras palavras, os governos de Tóquio, Seul, Taipei, Canberra e Manila veem a crescente ameaça vinda da China. As ações desses governos indicam que todos estão questionando sua crença de que os Estados Unidos serão capazes de defendê-los.


Infelizmente, a maioria está cada vez mais insegura sobre a capacidade dos Estados Unidos de defendê-los. No Pentágono, porém, a resposta é definitiva: Não, não poderemos protegê-los.

Ao longo da última década, com a possível exceção do governo Trump, os Estados Unidos adotaram uma postura de defesa de fraqueza graduada na região (assim como em outros lugares), falhando em enfrentar ameaças com desenvolvimento militar tangível e implantação eficaz. Enquanto isso, a China continua a aumentar seus gastos com defesa para níveis recordes.


Nações da Ásia-Pacífico reagem à ameaça da China e ao declínio dos EUA


Como resultado, a Coréia do Sul está considerando seriamente a construção de seu arsenal nuclear em resposta à crescente ameaça representada pela China e pela Coréia do Norte. Dada a dependência da Coreia do Norte da China para alimentos e combustível, deve-se concluir que sua agressão e atos de intimidação contra a Coreia do Sul e o Japão são tacitamente, se não explicitamente, aprovados por Pequim.


Tóquio também está redefinindo radicalmente sua postura de defesa à luz da crescente ameaça da China ao status quo. Os japoneses estão fazendo isso porque não veem um aumento proporcional na capacidade dos Estados Unidos de deter a China.


Em Taipei, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, disse que espera um ataque chinês até 2027, se não antes. Xi Jinping priorizou a conquista de Taiwan e continua a intensificar o comportamento provocativo da China. Consequentemente, Taiwan estendeu o serviço militar obrigatório de quatro meses para um ano e busca desenvolver a produção de drones e mísseis. Novamente, isso é um voto de desconfiança sobre a disposição e capacidade dos Estados Unidos de deter um ataque da China ou mesmo responder a um.


A resposta da Austrália tem menos a ver com rearmar e aprofundar suas relações estratégicas internacionais. Isso se aplica não apenas aos Estados Unidos, que é mais ou menos um dado adquirido, mas também à expansão de seus laços com a Índia. Isso faz sentido, já que a Índia é o único contrapeso nuclear e militar regional da China.

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi (à direita) aperta a mão do primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, antes de uma reunião na Hyderabad House, em Nova Délhi, em 10 de março de 2023. (Money Sharma/AFP via Getty Images)

Nas Filipinas, no mês passado, Manila concedeu aos EUA maior uso de suas bases militares em resposta direta à crescente ameaça da China. Em todos os termos práticos, expandir a presença militar americana nas Filipinas é o equivalente a uma escalada militar.


Pequim redefine acordos de segurança com base nos EUA na região


Além do mais, Pequim está sinalizando claramente para a região e para os Estados Unidos que a garantia de segurança dos EUA à aliança das nações regionais agora é inaceitável. Essa mudança reflete a ascensão da China ao poder global e seu desejo e intenção de desafiar a supremacia dos EUA na região.


A liderança da China, incluindo Xi Jinping e seu ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, deixou claro como Pequim vê o atual acordo de segurança da Ásia-Pacífico, descrevendo-o como “cerco” e “contenção e repressão, um jogo de soma zero de vida e morte."


Retórica de Intimidação


Mas com quem Pequim estava falando?


A liderança chinesa está expressando seu medo de uma luta de vida ou morte entre ela e os Estados Unidos?


Talvez, mas não é provável. É mais realista que Pequim estivesse enviando uma mensagem às outras nações da região para intimidar e afirmar suas dúvidas sobre o compromisso de segurança dos Estados Unidos. O uso de termos da Guerra Fria como “contenção” também aponta para as nações regionais como o público-alvo, uma vez que estão enquadrando os atuais arranjos voluntários de segurança como beligerantes em vez de defensivos.


Não é nenhuma surpresa por que eles fariam uma afirmação tão assertiva. O estado de prontidão militar dos EUA já está esgotado em vários contextos, incluindo o comprometimento maciço de material de guerra para a Ucrânia.


EUA em 'Declínio Terminal?'


Pequim considera os Estados Unidos em “declínio terminal” e vê uma oportunidade de explorar a fraqueza do governo Biden em relação aos seus planos de reunificação com Taiwan.


Além disso, a marinha da China já ultrapassou os números da frota de superfície dos Estados Unidos. De acordo com Kris Osborn, do Warrior Maven, ela também possui mísseis anti-navio hipersônicos com capacidade nuclear, contra os quais a Marinha dos EUA “pode ou não” ser capaz de se defender. Portanto, é razoável pensar que a expressão “jogo de soma zero entre a vida e a morte” se aplica mais aos aliados dos EUA na região do que à China.


Qual poderia ser a razão para o aumento militar maciço de Pequim?


O simples fato é que nenhum país ou grupo de países tem interesse, intenção ou capacidade de invadir a China.


Infelizmente, não é provável que qualquer país ou grupo de países consiga impedir a China de invadir e conquistar outras nações na região da Ásia-Pacífico.

Essa realidade finalmente surgiu para eles e para o resto do mundo.

As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.


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