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Tribunal da ONU ordena que a Rússia suspenda 'imediatamente' ação militar na Ucrânia

- THE EPOCH TIMES - Frank Fang - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - 17 MAR, 2022 -

Moscou e Pequim votam contra


O regime chinês ficou do lado da Rússia em outra votação da ONU em 16 de março, quando as duas nações discordaram de uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenando que Moscou “suspense imediatamente” suas operações militares na Ucrânia.


A Ucrânia entrou com uma ação contra a Rússia na CIJ, o mais alto órgão legal das Nações Unidas, em 26 de fevereiro, argumentando que Moscou violou a Convenção de Genocídio de 1948 quando justificou erroneamente suas ações militares como prevenção do genocídio em Luhansk e Donetsk.


A decisão do tribunal ( pdf ) determinou que a Ucrânia “tem o direito plausível de não ser submetida a operações militares da Federação Russa com o objetivo de prevenir e punir um suposto genocídio no território da Ucrânia”.


“A 'operação militar especial' conduzida pela Federação Russa resultou em inúmeras mortes e ferimentos de civis. Também causou danos materiais significativos, incluindo a destruição de edifícios e infraestrutura”, segundo a sentença do tribunal.


Em uma votação de 13 a 2, o tribunal ordenou que a Rússia “suspendesse imediatamente as operações militares iniciadas em 24 de fevereiro de 2022”. O russo Kirill Gevorgian e o chinês Xue Hanqin votaram contra a decisão.


Os juízes russo e chinês também votaram contra outra decisão: que a Rússia deve garantir que suas unidades militares “não tomem medidas” para promover suas operações militares na Ucrânia. Os outros 13 juízes votaram a favor.


A última votação marcou a terceira vez que a China apoiou ou não se opôs a Rússia nas votações da ONU. Em 25 de fevereiro, a China se absteve de votar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigindo que Moscou parasse seu ataque à Ucrânia e retirasse suas tropas imediatamente.


Em 2 de março, a China novamente se absteve de votar em uma resolução da Assembleia Geral da ONU, denunciando a Rússia por sua invasão da Ucrânia e pedindo a Moscou que retire imediatamente suas forças. A resolução foi adotada depois que 141 dos 193 estados membros votaram a favor.


O Partido Comunista Chinês (PCC) até agora se recusou a chamar o ataque russo de invasão ou condenar Moscou por sua agressão. Semanas antes da guerra, os dois países vizinhos elevaram seus laços bilaterais a uma parceria “sem limites”.


A presidente da CIJ, Joan Donoghue, ao proferir a decisão, explicou as “difíceis condições de vida” agora enfrentadas pela população ucraniana.


“Muitas pessoas não têm acesso aos alimentos mais básicos, água potável, eletricidade, medicamentos essenciais ou aquecimento. Um número muito grande de pessoas está tentando fugir das cidades mais afetadas em condições extremamente inseguras”, disse ela.


Mais de 3 milhões de refugiados ucranianos fugiram para países vizinhos, segundo dados da agência de refugiados da ONU.


A decisão da CIJ tem implicações limitadas, uma vez que o tribunal não pode fazer cumprir suas decisões.


Ainda assim, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chamou a decisão do tribunal de “vitória completa” para seu país.


“A CIJ ordenou que parasse imediatamente a invasão. A ordem é vinculativa sob o direito internacional. A Rússia deve cumprir imediatamente. Ignorar a ordem isolará ainda mais a Rússia”, escreveu Zelensky no Twitter.


O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse em comunicado que a decisão “ordenou clara e inequivocamente à Rússia” que suspendesse imediatamente suas ações militares na Ucrânia.


“Congratulamo-nos com a ordem do tribunal e pedimos à Federação Russa que cumpra a ordem, cesse imediatamente suas operações militares na Ucrânia e estabeleça acesso humanitário irrestrito na Ucrânia”, disse Price.


Mais cedo na quarta-feira, Zelensky fez um discurso apaixonado por vídeo para membros do Congresso, pedindo a Washington que forneça mais assistência militar ao seu país.

O deputado Mike Gallagher (R-Wis) disse que o discurso de Zelensky foi um “lembrete poderoso de que os Estados Unidos devem liderar para evitar mais mortes, caos e destruição na Ucrânia”, de acordo com um comunicado de seu gabinete.


“Também precisamos enviar uma mensagem clara ao Partido Comunista Chinês de que os puniremos se intervirem no conflito para ajudar a Rússia”, afirmou. “O PCC deve saber que divulgaremos qualquer evidência de assistência militar à Rússia.”


Nos últimos dias, vários meios de comunicação, citando autoridades americanas não identificadas, afirmaram que a Rússia havia solicitado assistência militar e ajuda financeira para sua guerra da Rússia, e Pequim sinalizou disposição para cumprir. As duas nações negaram as acusações.


“O PCC e a Rússia estão travando uma Nova Guerra Fria contra a América e nossos aliados há mais de uma década. É hora de acordarmos e começarmos a fazer o que é necessário para vencer”, concluiu Gallagher.


Frank Fang é um jornalista baseado em Taiwan. Ele cobre notícias na China e em Taiwan. Ele possui mestrado em ciência dos materiais pela Universidade de Tsinghua, em Taiwan.



Acesse a minha HOME PAGE, para assistir meus vídeos e ler meus livros: https://www.heitordepaola.online/


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