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Rodrigo Maia, o Filhote Amestrado

Updated: Feb 24, 2020

14/02/2020


- IPOJUCA PONTES -



Como ia dizendo, sabe-se que César Maia, o Isonomista, e Moreira Franco, o Gato Angorá, são os caras de pau que fazem a cabeça de Rodrigo Maia, o Filhote, de início com o objetivo espúrio de sabotar a todo custo o governo Bolsonaro e, em paralelo, por meio da pedagogia da perversidade, amestrá-lo para que, a golpes de tacape, chegue ao exercício mirífico da presidência da República.


César Maia e Moreira Franco, respectivamente pai e sogro do Filhote (ora no comando da desmoralizada Câmara Federal) são dois dos piores profissionais da política gerados no Rio de Janeiro, ambos várias vezes condenados por improbidade administrativa, maracutaias e crimes diversos. O leitor há de pensar: mas isso é um absurdo! Sim, certo, concordo plenamente. No entanto, mais absurdo ainda é que eles permaneçam fora das grades tramando na maciota a tomada de poder.


No caso específico de Moreira Franco, sogro do filhote Rodrigo, é certo que ele esteve por trás das grades, durante algum tempo, por práticas escusas que envolviam propinas da construtora Engevix. na ordem de R$ 1 milhão, passando a integrar o time de ex-governadores do Estado presos por fraudes, roubos e apropriações indevidas, entre eles o viciado Sérgio Cabral, Pezão da Mão Grande, o trêfego Anthony Garotinho e sua consorte Rosinha.


Devo confessar ao leitor que conheci de perto Moreira Franco. Deu-se o seguinte: em 1986, numa reunião social, Celina Vargas, à época esposa do Gato Angorá (apelido dado pelo caudilho Brizola), perguntou-nos, a mim e a Tereza Rachel, se podíamos participar da campanha de “Moreirinha” para governador do Estado.


Na semana seguinte, instalamos numa sala do Teatro Tereza Rachel o ativo Comitê de Campanha Moreira Franco, do qual faziam parte Regina Clara Simões Lopes, Ricardo Boechat, Leyna Crespi, Moacyr Deriquem, Marilena Curi, José Alberto Gueiros, o artista plástico Raffaeli e eu mesmo à frente do barco. Resultado: cinco meses depois Moreirinha vence o pleito com quase 50% dos votos válidos contra os 35% dados ao doidivanas Darcy Ribeiro, candidato de Brizola, o Centauro dos Pampas (metade cavalo e a outra metade, também).


Em 15 de março de 1987, Moreira Franco assume o cargo com um volumoso plano dos “Cem Primeiros Dias de Governo” traçado pelo sociólogo (tido como sibarita) Hélio “Duas Vertentes” Jaguaribe, um especialista em criar planos que nenhum governo implementou.


De fato, MF foi eleito por um eleitorado ansioso por se livrar do entulho brizolista, mas que não julgou utópico esperar de um político jovem, na faixa dos 40 anos, uma vontade administrativa compatível com a confiança depositada nas urnas. Tal confiança, no entanto, nunca foi correspondida – e o eleitorado fluminense quebrou a cara.


Com os planos de Jaguaribe debaixo do braço, o Gato Angorá ficou marcando passo em torno de encontros e seminários, todos carregados de boas intenções, mas sem resultados práticos. A partir daí, sempre às voltas com reformas do secretariado, perdeu-se atrás de complicados empréstimos federais para consecução de obras fantasiosas, todas dependentes de recursos externos e proteladas pelo governo Sarney, o presumível avalista. Em suma: antes de findar o primeiro ano de governo, o eleitor viu que tinha comprado gato por lebre.


Com efeito, seu governo foi um fracasso. Nele predominaram prolongadas greves nas escolas públicas, mobilidade urbana precária, insegurança pública, invasão de delegacias por marginais, ascensão dos índices de criminalidade, deterioração do serviço médico-hospitalar, quadro agravado por enchentes e intempéries de toda natureza. Em suma: sob o signo do desgoverno Moreirinha o Estado do Rio de Janeiro atolou-se na lama do atraso.


No final do mandato, já separado de Celina Vargas e caído em desgraça por acusações de desvios de verbas e concorrências de cartas marcadas, o Gato Angorá passou a morar no suntuoso Palácio Laranjeiras, onde se tornaram motivo de chacotas suas corridinhas espremido em sungas diminutas nos jardins do palácio construído pelos Guinle. De conquistas, antes de passar temporada em Paris, tinha adquirido várias estações de rádio e acumulado relativa dinheirama.


Genro do comandante Amaral Peixoto, que era genro de Getúlio Vargas, Moreira Franco iniciou-se na política coordenando o escritório da AP-Ação Popular, na Rua México (royalties para o analista Heitor de Paola), antro da subversão esquerdista mais tarde transformado em organização clandestina responsável pelo atentado contra o marechal Costa e Silva no Aeroporto dos Guararapes, em Recife.


Hidra de muitas cabeças, Moreirinha, com a ajuda do sogro Amaral, logo se profissionalizou na faustosa vida política, passando por partidos como MDB, PDS (sigla da ditadura militar) PMDB e afins, onde se fez prefeito, governador, deputado e ministro, servindo como vassalo à pilantragem política de FHC, Lula, Dilma e Temer, governos de viés comunista, reconhecidamente corruptos e fraudulentos.


(A propósito, é sempre bom lembrar as palavras da terrorista Dilma Rousseff sobre MF, servidor do seu desgoverno. Disse ela: “O gato angorá tem uma bronca danada de mim porque eu não o deixei roubar na secretaria de Aviação Civil”).


O próprio Eduardo Cunha, depois de preso, se disse traído por Moreira Franco (a quem ajudou a eleger governador do Rio), Temer e Rodrigo Maia, o Filhote. Deu-se que o trio, segundo Cunha, antecipou de caso pensado a votação do seu impeachment.


De fato, os laços do compadrio malandro entre Temer e Moreira Franco datam de um pré-tempo sem memória. E as manobras do Gato Angorá não só fizeram Rodrigo chegar ao poder como consolidaram a total subserviência do presidente da Câmara às votações das medidas provisórias enviadas por Temer, enquanto Moreirinha fazia o meio-campo na Secretaria-Geral da presidência da República.


De minha parte, só encontro evidências de que Moreira, o genro, e

César Maia, o pai, ambos sem terreno eleitoral no Rio de Janeiro, estão por trás das manobras rasteiras de Rodrigo Maia para desestabilizar, sabotar e destruir o governo de Jair Bolsonaro. Desde a manutenção de um indevido parlamentarismo branco, em que o adiposo Filhote posa de primeiro-ministro, passando pelo ataque vil ao ministro da Educação e pela sabotagem à distribuição gratuita das carteirinhas estudantis. Desde a chantagem do agendamento de um orçamento impositivo imoral (para esvaziar os recursos de seis ministérios para atender emendas eleitoreiras) até o sistemático boicote aos projetos e medidas (provisórias ou não) úteis ao País, tudo passa pelas armações cavilosas traçadas por dois políticos que só fizeram – e fazem – mal ao Brasil: Moreira Franco e Cesar Maia.


Em resumo, agiram bem os ministros militares que denunciaram a chantagem do Filhote e seus aliados visando imobilizar o governo.


Voltaremos ao assunto

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