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Primeiros sinais da barafunda nas lojas e supermercados

- DIÁRIO DO COMÉRCIO - Fátima Fernandes - 13 OUT, 2021 -

Comércio troca de fornecedor para driblar alta de preços


Lojas Cem endurece nas negociações e reduz compra de indústria que abusa de reajustes. Rede Hirota diminui espaço de marca premium e amplia o de itens mais baratos


O brasileiro volta a experimentar a sensação de déjá vu, termo em francês que significa “já visto”, com o retorno às lojas de eletroeletrônicos e aos supermercados, principalmente.


Marcas líderes de mercado começam a perder espaço na medida em que as mais baratas ganham presença nas prateleiras, na tentativa de driblar a elevada pressão sobre os custos.


A busca de marcas alternativas está disseminada por todo o varejo, assim como aconteceu nos períodos em que o país viveu forte pressão inflacionária, como em 2015, quando o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), do IBGE, chegou quase a 11%.


Com um faturamento anual da ordem de R$ 5,7 bilhões e quase 300 lojas, a terceira maior rede de eletroeletrônicos e móveis do país decidiu endurecer nas negociações com as fábricas.


“Fornecedor que não abre mão de negociação está sendo trocado por outro com produto similar. Não temos alternativa”, afirma José Domingos Alves, superintendente da Lojas Cem.

Os reajustes chegam a 20%. “Nestes casos, estamos deixando o fornecedor de lado, pois não dá para fazer repasse deste tamanho para os clientes”, diz.


Uma das maiores marcas de eletrodomésticos do país, de acordo com ele, reduziu drasticamente a produção por conta da pandemia, e insiste em altos reajustes de preços.

“Pedimos 50 mil itens, eles entregaram 10 mil. Na negociação dos outros 40 mil, eles até entregam, se pagarmos de 10% a 20% mais caro. Decidimos não comprar”, afirma.


De acordo com Alves, a Lojas Cem é uma das maiores revendedoras da Panasonic no Brasil e esta é uma das marcas que deve ganhar presença nas lojas da rede neste final de ano.

A relação tem sido tão boa que, há cerca de duas semanas, a rede recebeu em sua sede, em Salto (SP), a visita de Kazuhiro Tsuga, presidente mundial da empresa japonesa.


Se a empresa que, pela quarta vez, é considerada a melhor do varejo brasileiro pela revista Valor 1000, editada pelo Valor Econômico, sofre esta pressão, diz Alves, imagina as outras.


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