top of page

O longo desfile de governos humanos

BIBLIOTECA ONLINE - COMENTÁRIOS CÉSAR TONHEIRO E HEITOR DE PAOLA


Os homens experimentaram todos eles; nenhum teve êxito. Que esperança há de que venha a existir um governo justo?


Que coisa tenebrosa! "A América tornou-se o maior exportador de ideias destrutivas", isso me fez recordar o que disse o ilustre Will Durant, a saber:

"O historiador Will Durant reconheceu esse padrão de decadência interna, dizendo: “Tentamos mostrar que a causa essencial da conquista romana da Grécia foi a desintegração da civilização grega de dentro para fora. Nenhuma grande nação jamais foi conquistada até que ela própria se tivesse destruído.” (Parte II de The Story of Civilization, p. 659) A Enciclopédia Mundial do Livro (edição 1978, em inglês) aponta para um fator precursor do colapso, que deveria dar à nossa geração motivo especial de preocupação: “A família é a mais antiga instituição humana. De muitas maneiras, ela é a mais importante. É a unidade básica da sociedade. Civilizações inteiras sobreviveram ou desapareceram, dependendo de se a vida familiar era forte ou fraca.” — Vol. 7, p. 24."

CÉSAR TONHEIRO SOBRE O ARTIGO "America Has Become the Greatest Exporter of Destructive Ideas" -

 

E é exatamente a família que está sendo destruída nos EUA desde o fim da II GM. O que virá depois?

HEITOR DE PAOLA -
 

MONARQUIAS, impérios, democracias, repúblicas, ditaduras e governos socialistas — todas as formas de governo humano já foram experimentadas repetidas vezes durante os últimos 6.000 anos. Em última análise, todas fracassaram, embora cada nova tentativa seja proclamada como a que terá êxito.



Os atuais esforços no que se refere à regência humana não são exceção. Não traçaram novos caminhos, não introduziram nenhum êxito brilhante. Estão em existência os mesmos sistemas de governo, com os mesmos registros de fracasso. Os esforços éticos estão-se desvanecendo, a moral está entrando em colapso, antigos valores estão dando lugar às filosofias do “primeiro-eu”. Pobreza e fome, desigualdades e privilégios especiais, opressão e corrupção, crime e terrorismo, nações poderosas que dominam as mais fracas, corridas armamentistas e guerras gananciosas — todos esses males são produto dos atuais governos humanos. Se é que alguma coisa distingue esta geração, esta é o avanço no conhecimento científico, mas este se prostituiu à indústria corrupta e à produção de terríveis armas de guerra.


Após 6.000 anos de experiência humana com governos de todas as espécies, sobre esse campo também se pode dizer que “não há nada de novo debaixo do sol”. (Eclesiastes 1:9) Tampouco são novas as causas do fracasso do governo humano. Ainda é verdade aquilo que Jeová declarou por meio de seu profeta Jeremias: “Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.” (Jeremias 10:23) Além de haver a imperfeição humana, “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. “O deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes” de milhões. As influências satânicas estão manobrando os “reis de toda a terra habitada”. — 2 Coríntios 4:4; 1 João 5:19; Revelação 16:14.


Quando contemplamos o desfile de governos humanos, sua ascensão ao poder e mais tarde seu declínio e queda, todos parecem seguir um padrão similar. Isso induziu peritos a falarem de a história se repetir. Potências mundiais ascendem ao seu apogeu por meio de dedicação objetiva e sacrifícios. Mas, uma vez estabelecidas, esmorecem aos poucos no espírito, e, por fim, dissipam-se em excessos materialistas e imoralidades carnais. Uma vez isso ocorrido, o colapso não demora muito.


O historiador Will Durant reconheceu esse padrão de decadência interna, dizendo: “Tentamos mostrar que a causa essencial da conquista romana da Grécia foi a desintegração da civilização grega de dentro para fora. Nenhuma grande nação jamais foi conquistada até que ela própria se tivesse destruído.” (Parte II de The Story of Civilization, p. 659) A Enciclopédia Mundial do Livro (edição 1978, em inglês) aponta para um fator precursor do colapso, que deveria dar à nossa geração motivo especial de preocupação: “A família é a mais antiga instituição humana. De muitas maneiras, ela é a mais importante. É a unidade básica da sociedade. Civilizações inteiras sobreviveram ou desapareceram, dependendo de se a vida familiar era forte ou fraca.” — Vol. 7, p. 24.


SERÁ QUE A HISTÓRIA SE REPETIRÁ?


O historiador Arnold J. Toynbee disse o seguinte sobre a história se repetir: “Um exame do cenário histórico à luz do conhecimento histórico atual mostra que, até hoje, a história se repetiu cerca de vinte vezes ao produzir sociedades humanas da espécie à qual pertence nossa sociedade ocidental, e mostra também que, com a possível exceção de nossa própria, todos esses representantes das espécies de sociedade chamadas civilizações já estão mortas ou moribundas. Além disso, quando estudamos pormenorizadamente a história dessas civilizações mortas e moribundas e as comparamos umas com as outras, descobrimos indícios do que parece ser um padrão recorrente no desenrolar de seus colapsos, declínios e quedas. Perguntamo-nos hoje, naturalmente, se este capítulo específico da história está destinado a repetir-se em nosso caso. Está esse padrão de declínio e queda por sua vez em reserva para nós também, como um fim do qual nenhuma civilização pode esperar escapar?”


Ele responde então à sua própria pergunta: “Na opinião do autor, a resposta a essa pergunta é enfaticamente na negativa. . . . Não há nada que impeça nossa civilização ocidental de seguir o precedente histórico, se preferir, por cometer suicídio social. Mas, não estamos condenados a fazer com que a história se repita; temos a oportunidade de, por meio de nossos próprios esforços, dar à história, no nosso caso, alguma virada nova e sem precedentes. . . . Que devemos fazer para ser salvos? Na política, estabelecer um sistema cooperativo constitucional de governo mundial. Na economia, buscar acordos praticáveis (variando segundo os requisitos práticos de diferentes lugares e ocasiões) entre a livre-empresa e o socialismo. Na vida do espírito, colocar a superestrutura secular de novo nos fundamentos religiosos. . . . Das três tarefas, a religiosa é, naturalmente, a longo prazo, em muito a mais importante.” — Civilization on Trial (1948), pp. 38-40.


Tipicamente, ele é enfático em pensar que a nossa civilização pode ser diferente e escapar da repetição da história dos governos humanos. Ele escreveu o acima há cerca de 34 anos, baseando sua esperança, quanto à política, nas Nações Unidas, quanto à economia, no acordo entre o capitalismo e o comunismo, e, o mais importante de tudo, numa volta à religião como o fundamento da nossa civilização. Hoje vemos o fracasso em todas as três frentes. As Nações Unidas mostraram-se ineficazes, o acordo entre o capitalismo e o comunismo está mais difícil do que nunca, e a religião encontra-se mais fraca do que nunca.


A história parece estar prestes a repetir-se. Mas, repetir-se-á?


Há outro historiador que se expressou a respeito do governo humano. De fato, escreveu de antemão uma história sobre isso. Escreveu também de antemão sobre um governo justo que sobrevirá à terra. O artigo que se segue considera suas expressões sobre governo.




32 views0 comments
bottom of page