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Maré Vermelha

- JUSBRASIL - Ernesto Caruso - 4JUL, 2022 -


Grosso modo, a maré vermelha é nociva à humanidade, gerada em parte pela humanidade. No caso, reflete o atual momento político antagônico aos fatos históricos que culminaram com a queda do Muro de Berlin em 1989.


A crescente revolta das sociedades que conviveram e sofreram as agruras, torturas, campos de concentração, prisões políticas, restrições à liberdade de expressão, de ir e vir, sob imprensa estatal (Granma/Cuba, Pravda/URSS), perpetradas pelo tacão soviético-comunista, rompeu as correntes que aprisionavam o cidadão em especial daqueles cercados pela cortina de ferro e, criou um mundo de esperança e de progresso.


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Tipo de restrição aos direitos humanos não aceita pela Constituição de 1988, que prima pela liberdade de manifestação, imposta pelos artigo (inciso IX - é livre a expressão da atividade intelectual.... e de comunicação, independentemente de censura ou licença;) e Capítulo V, Da Comunicação Social.


Comunismo avesso à religião que no mesmo artigo 5º, inciso VI, afiança ser inviolável a liberdade de consciência e crença, e livre o exercício dos cultos praticados nas respectivas entidades.


Vale relembrar da Primavera de Praga, em 1968, quando a Tchecoslováquia ansiava por liberdade, que, esmagada pelas tropas do Pacto de Varsóvia, só a conseguiria em 1990.


Imaginar, milhões de mortos de fome, um genocídio contra a população da Ucrânia, como resultado do confisco da produção agrícola, posta em prática por Stalin. Vide Holodomor, o genocídio na Ucrânia, no portal do Museu Vítimas dos Comunistas.


Povo que presentemente, resiste à invasão das tropas russas, por quatro meses, como não se deixou subjugar em 2014 ao se rebelar, com sofrimento e mortes, contra a tirania de um governante pró Rússia. Indelével ressentimento contra o algoz regime comunista, por essa Nação, que opta por integrar-se à Comunidade Europeia.


Europa que vivenciou o rastro de sangue e destruição pela insanidade do comunismo e do nazismo, que do Pacto Molotov–Ribbentrop, assinado em 23 de agosto de 1939, resultou a estratégia expansionista de Stalin e Hitler, com invasões e anexação de países independentes. Hitler derrotado, mas o comunismo se fortaleceu.


A hidra vermelha se alastrou pelos continentes, efeito dominó, alinhavado pelos partidos comunistas, semeados no pós Revolução Russa de 1917, como no Brasil em 1922, que usam e abusam da democracia, fundamentada no respeito à liberdade, ditada no pluripartidarismo (Art. 17, caput, da Constituição), para sufocá-la sob um poder central despótico do partido comunista.


Nesse interregno, a Intentona Comunista de 1935, liderada por Luiz Carlos Prestes, que no silêncio da noite, vilmente, sob suas ordens, ex-colegas de farda foram assassinados, submissas a Moscou. Na mente assassina, o símbolo da foice e o martelo, repelido pela Europa, bem mais tarde, nas cinzas do perverso regime.


Com a Declaração de Praga, firmada em 3 de junho de 2008, assinada por políticos europeus, ex-prisioneiros e historiadores, que proclamou a condenação dos crimes do comunismo na Europa, a culminar com a decisão do Parlamento Europeu em 23 de setembro de 2008, que estabeleceu o dia 23 de Agosto, como o Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo, o Dia da Fita Preta. Dia do pacto comuno-nazista.


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Sob observação mais ampla, diferentemente, se constata nestas plagas que a suástica nazista, genocida que foi, é abominada merecidamente. Já o símbolo comunista, que se costuma tratar de “socialista”, não é igualmente repelido, ainda que signifiquem mais de cem milhões de assassinatos no mundo, além de mutilados e perseguidos no momento presente, como acontece na Venezuela e Cuba.


Mescla de solapar a estrutura, pela via pacífica como foi na tomada do poder na Tchecoslováquia, em 1948, a exercer pressão de cúpula e pressão de base.


Ou, de violência extrema, como atesta Jacob Gorender, do PCB com Luiz Carlos Prestes, em ‘Combate nas Trevas’, ao atestar que “Marighela foi o líder revolucionário que mais explícita e reiteradamente pregou o terrorismo... o líder revolucionário brasileiro faz apelo à violência extrema”.


À luz, a violência do terrorismo, guerrilha urbana e rural, sequestros de diplomatas, assassinatos de civis e mutilações, como é o caso de Orlando Lovechio (1968), que perdeu a perna, aos 22 anos, devido a uma bomba terrorista, colocada na entrada do Consulado americano que nem sequer feriu qualquer americano (também covarde e abominável), assaltos a bancos, “justiçamentos dos comparsas, tidos como traidores”, nas décadas de 1960/70 no Brasil e países vizinhos.


Com a derrota dos comunistas, a anistia que se fazia necessária à pacificação e volta à normalidade, os ex-terroristas se infiltraram nos partidos mais alinhados com a esquerda, assumiram cargos nos governos, bem como nas entidades estudantis, sindicais, imprensa, falada, escrita e televisionada e estabelecimentos de ensino.


Daí atuaram na desconstrução da sociedade tradicional, na cartilha marxista, acarretando uma revisão histórica, exaltando os “feitos revolucionários” e a eles próprios, concedendo vultosas indenizações, via administrativa, muito mais célere e independente do que na esfera judicial. Monumentos, nomes de logradouros públicos, escolas, a homenagear Che Guevara e Carlos Marighela.


Ex-guerrilheiros chegaram à presidência dos seus países, como José Mujica, no Uruguai e Dilma Roussef, no Brasil, com as mesmas pautas, que hoje, a esquerda mantém nos programas de governo, como aborto, liberação das drogas, estatização, ideologia de gênero, regulação das mídias. Adeptos que são do estado máximo, dirigido pelo partido único.


A refletir sobre o viés esquerdista, observar o PNDH-3 ( Programa Nacional de Direitos Humanos), criado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, aprovado pelo Decreto nº 7.037 - 21/12/2009, assinado pelo ex-Presidente, Lula, com a mesma pauta nos dias presentes.


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Criticado por pensadores dos polos extremos contra qualquer iniciativa para criar comissão que pretendesse controlar ou interceder nos conteúdos editoriais da imprensa falada, escrita ou televisiva de então, agora multiplicada pela internet, quando se alardeia a necessidade de regulação das mídias sociais, “fakenews” e até acusar e julgar no denominado “inquérito do fim do mundo”. Abjeta forma de censura, na liberdade de imprensa e na liberdade de expressão.


Por uma razão ou outra, desponta horizonte preocupante de centralismo político, perseguição aos opositores, a exemplificar, na Bolívia, a ascensão de Luiz Arce, com a condenação de Jeanine Áñez a 10 anos de prisão, que ocupara interinamente a presidência do país, após o afastamento de Evo Morales, que é aliado do atual presidente.


No Chile, Gabriel Boric, que foi militante de entidades estudantis; no Peru, Pedro Castillo, líder sindical; na Argentina, Alberto Fernández se identifica com as posturas esquerdistas; na Venezuela, de Hugo Chávez/Maduro o mais expressivo exemplo do insucesso estatista está nas capitais e cidades brasileiras com gente jovem, às vezes, pai, mãe e filhos de colo, como pedintes próximos aos semáforos, explicitamente identificados em pedaços de papelão. São 6 milhões de refugiados.


O mais recente eleito presidente é Gustavo Petro, da Colômbia, que à semelhança com Dilma Roussef e José Mujica, nas ações de guerrilha, integrou do Movimento 19 de abril (M-19). País que recebeu grande parte dos refugiados venezuelanos e que desdenhou esse importante sinal da “revolução bolivariana” fracassada no aspecto econômico, tristemente marcado pela fome em níveis insuportáveis e na crueldade do regime ditatorial.


Desdenhou, se omitiu ou foi enganado pelas aparências forjadas na propaganda.


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