- THE EPOCH TIMES - 9 SET, 2021 - Isabel van Brugen - Tradução César Tonheiro -
Primeiro grupo de ataque de porta-aviões da Marinha dos EUA transportando caças Stealth F-35C entra no Mar do Sul da China
Um grupo de ataque de porta-aviões da Marinha dos EUA transportando caças stealth F-35C entrou no contencioso Mar do Sul da China pela primeira vez durante seu desdobramento atual e está conduzindo “operações de segurança marítima”, disseram autoridades na terça-feira.
O porta-aviões da classe Nimitz, USS Carl Vinson, que partiu de San Diego no mês passado, realizará operações de voo com aeronaves de asa fixa e rotativa, exercícios de ataque marítimo, bem como treinamento tático coordenado entre unidades de superfície e aéreas na região disputada, disse a Marinha em um comunicado de imprensa.
As operações no Mar do Sul da China são parte da presença rotineira da Marinha dos EUA no Indo-Pacífico, disseram as autoridades, observando que o grupo de ataque é implantado na área de operações da 7ª Frota dos EUA “em apoio a um Indo-Pacífico livre e aberto na região."
“A liberdade de todas as nações de navegar em águas internacionais é importante e especialmente vital no Mar do Sul da China, onde quase 1/3 do comércio marítimo global transita a cada ano”, disse o contra-almirante Dan Martin, comandante do Carl Vinson Carrier Strike Group, em um comunicado. “É do nosso interesse que a comunidade internacional desempenhe um papel ativo na preservação da ordem internacional baseada em regras.”
Os caças stealth F-35C (furtivos) são projetados para operar explicitamente em porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos. Sua configuração, sensores embutidos, combustível interno e capacidade de armas permitem que os pilotos evitem a detecção do inimigo.
A mídia estatal chinesa Global Times chamou a chegada do porta-aviões da classe Nimitz aos mares disputados de uma "implantação provocativa" e disse que o Comando do Exército de Libertação do Povo Chinês (sigla em inglês PLA) está em alerta máximo.
O porta-voz do Comando do Teatro Sul do PLA, coronel da Força Aérea Tian Junli, acusou a Marinha dos EUA de violar a soberania e segurança da China.
“Os Estados Unidos continuarão a voar, navegar e operar onde a lei internacional permitir, como o USS Benfold fez aqui”, disse a 7ª Frota dos EUA em um comunicado. “Nada que [a República Popular da China] diga o contrário nos deterá.”
A China tentou forçosamente negar a outros países da região o acesso às ricas áreas de pesca no disputado mar. Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã enfrentam disputas territoriais com a China no Mar do Sul da China.
Em julho do ano passado, mais de uma dúzia a bordo de um barco pesqueiro vietnamita foram forçados a pular ao mar depois que seu navio foi abalroado por um navio chinês. Em janeiro, um pescador filipino disse que foi impedido pela Guarda Costeira chinesa de navegar até uma área de pesca próxima a uma ilha administrada por Manila.
Em março, mais de 200 navios chineses — que se acredita serem tripulados pela milícia marítima de Pequim — atracaram no Recife Whitsun, um dos recifes, ilhas e atóis disputados no Mar do Sul da China.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, durante uma entrevista coletiva no Vietnã em 26 de agosto, repetiu suas críticas a Pequim por minar a ordem internacional baseada em regras.
“Precisamos encontrar maneiras de pressionar e aumentar a pressão, francamente, para que Pequim cumpra a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e desafie sua intimidação e reivindicações marítimas excessivas”, disse Harris, acrescentando que os Estados Unidos iriam “Manter uma forte presença no Mar da China Meridional” para enfrentar a China.
Na noite de quarta-feira, o presidente Joe Biden, em sua segunda conversa por telefone com o líder chinês Xi Jinping, ressaltou o interesse duradouro dos Estados Unidos na paz, estabilidade e prosperidade no Indo-Pacífico, disse a Casa Branca.
Frank Fang contribuiu para este relatório.
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