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EUA precisam se separar da China para combater sua guerra irrestrita: Robert Spalding

- THE EPOCH TIMES - Hannah Ng e David Zhang - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - 9 MAI, 2022 -



O regime comunista chinês usa as ferramentas de informação e finanças para avançar suas operações de guerra política nos Estados Unidos, de acordo com o especialista em China Robert Spalding.


“A China busca alcançar resultados políticos, mas o faz usando relações financeiras e econômicas e a internet, para lentamente corroer qualquer apoio popular dentro de uma sociedade livre para se opor a seus interesses”, disse ele.


Ele explicou ainda que essa abordagem resultou de uma doutrina apresentada por dois coronéis chineses em 1999 em seu livro “Unrestricted Warfare”.



“O que esses dois coronéis identificaram foi que a guerra política poderia se tornar global se você adotar essas duas novas ferramentas, a internet e a globalização”, Spalding disse recentemente ao programa “China Insider” da Epoch TV.


“Eles estabeleceram uma doutrina de como você faz da guerra política um fenômeno global.”


O general de brigada aposentado da Força Aérea dos EUA, Robert Spalding, em Washington, em 29 de maio de 2019. (Samira Bouaou/The Epoch Times)

Em seu novo livro “War Without Rules: China’s Playbook for Global Domination”, o general de brigada da Força Aérea aposentado Spalding orienta os leitores pelos princípios descritos na publicação chinesa, revelando a crença do regime de que não há setor da vida fora do domínio da guerra.


Spalding apontou que a noção de guerra adotada pelo regime comunista chinês é completamente diferente das ideias do Ocidente.


“Do nosso ponto de vista, usamos a força militar para alcançar um resultado político”, disse ele.


“Em termos do Partido Comunista Chinês (PCC), eles vêem o exterior como sempre em estado de guerra. Assim eles estão constantemente em estado de guerra, jamais reservam tempo para a paz. Isso significa que eles estão sempre lutando pela vantagem, estão sempre lutando... para ganhar vantagem sobre o oponente e... estão dispostos a fazer o que for necessário”, acrescentou.


Uma das coisas que resulta da doutrina da guerra irrestrita, disse ele, é a ideia de dominar ou controlar a narrativa.


“O que eles [o PCC] conseguiram fazer é usar proxies (representantes) no Ocidente para ter o mesmo controle sobre a narrativa no Ocidente que eles têm na China”, observou ele.

Para ilustrar esse ponto, Spalding se referiu a como o regime chinês pressionou a NBA a censurar o então gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, depois que ele escreveu um tweet em apoio aos protestos pela democracia em Hong Kong.


“Todos os elementos da sociedade estão realmente imbuídos dessa necessidade incessante do Partido Comunista Chinês de controlar a narrativa e, portanto, controlar a ideologia”, disse ele.


Nas últimas décadas, o regime também aproveitou o setor corporativo para “puxar a produtividade econômica dos Estados Unidos”, o que “levou milhões de americanos que perderam seus empregos ao desespero”, disse Spalding.


Na esfera global, a China procurou usar instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover a mensagem e os interesses do regime, segundo Spalding.


Na sua opinião, “é a forma mais eficaz de minar os princípios da democracia”.


“Se você puder adotar uma ordem internacional... projetada para promover os princípios da democracia, da liberdade e do estado de direito, e com o tempo essas instituições começarem a promover o autoritarismo ou o totalitarismo, elas terão o verniz de estarem comprometidas com a liberdade, mas na realidade estão apoiando o autoritarismo”, explicou.


A narrativa da maneira como a China está lidando com a pandemia de COVID-19 também faz parte de sua campanha de guerra irrestrita, de acordo com Spalding.


A China em janeiro de 2020 foi o primeiro país a impor um bloqueio estrito para conter o surto de COVID-19 e inicialmente recebeu elogios da OMS e de alguns países pela forma como lidou com a pandemia. Nos anos seguintes, dobrou essa abordagem sob sua política pesada de “zero-COVID”, mesmo quando a maior parte do mundo suspendeu as restrições, optando por conviver com o vírus.


“O que eles queriam que o mundo acreditasse é que o modelo chinês, o modelo social, político e econômico chinês é superior ao modelo democrático. E, em particular, eles queriam mostrar que a China fez um trabalho melhor na proteção dessa população contra o coronavírus”, disse ele.


“Então, a ideia aqui era promover o modelo chinês para nações ao redor do mundo, para que elas possam... fazer com que essas nações adotem esse modelo”, acrescentou.


“A medida de bloqueios, adotada nos EUA e no Ocidente, na verdade se originou na China e em Wuhan”, segundo o especialista.


Para resistir a essa guerra não convencional imposta aos Estados Unidos, Spalding pediu que o país se dissociasse da China.


“Se pudermos dissociar da China … tirá-los de nossos sistemas econômicos, políticos, acadêmicos e naturais e começar a reinvestir em nossos próprios cidadãos, reinvestir em infraestrutura e manufatura em ciência e tecnologia e STEM [ciência, tecnologia, engenharia, matemática] educação, você começará a ver surgir oportunidades que não existiam há décadas nos Estados Unidos”, disse ele.


Hannah Ng é uma repórter que cobre notícias dos EUA e da China.


David Zhang é o apresentador do China Insider na EpochTV. Ele está atualmente baseado em Nova York e Washington DC cobrindo notícias relacionadas à China. Ele se concentra em entrevistas com especialistas e comentários de notícias sobre assuntos da China, especialmente questões relacionadas ao relacionamento EUA-China.


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