deve mudar para os EUA
- REUTERS - 17 JUN, 2021 - David Stanway e Samuel Shen -Tradução César Tonheiro -

XANGAI, 17 de junho (Reuters) - Um epidemiologista chinês sênior disse que os Estados Unidos deveriam ser a prioridade na próxima fase das investigações sobre a origem do COVID-19, depois que um estudo mostrou que a doença poderia estar circulando lá já em dezembro de 2019, disse a mídia estatal chinesa Global Times na quinta-feira.
O estudo, publicado esta semana pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), mostrou que pelo menos sete pessoas em cinco estados dos EUA foram infectadas com SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19, semanas antes do relatório dos primeiros casos oficiais dos Estados Unidos.
Um estudo conjunto China-Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em março disse que o COVID-19 provavelmente se originou no comércio de animais selvagens do país, com o vírus passando para os humanos a partir de morcegos por meio de uma espécie intermediária.
Mas Pequim promoveu a teoria de que o COVID-19 entrou na China vindo do exterior por meio de alimentos congelados contaminados, enquanto vários políticos estrangeiros também estão pedindo mais investigações sobre a possibilidade de vazamento de um laboratório.
Zeng Guang, epidemiologista-chefe do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, disse ao tablóide estatal Global Times que a atenção deveria se voltar para os Estados Unidos, que demorou a testar pessoas nos estágios iniciais do surto, e também é o casa de muitos laboratórios biológicos.
"Todos os assuntos relacionados com armas biológicas que o país tem devem ser submetidos a escrutínio", disse ele.
Comentando o estudo dos EUA na quarta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que agora era "óbvio" que o surto de COVID-19 tinha "origens múltiplas" e que outros países deveriam cooperar com a OMS.
A origem da pandemia se tornou uma fonte de tensão política entre a China e os Estados Unidos, com grande parte do foco recente no Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), localizado em Wuhan, onde o surto foi identificado pela primeira vez no final de 2019.
A China tem sido criticada por sua falta de transparência quando se trata de divulgar dados sobre os primeiros casos, bem como sobre os vírus estudados no WIV.
Um relatório de um laboratório nacional do governo dos EUA concluiu que era plausível que o vírus tivesse vazado do laboratório de Wuhan, relatou o Wall Street Journal no início deste mês.
Um estudo anterior levantou a possibilidade de que o SARS-CoV-2 pudesse estar circulando na Europa já em setembro, mas os especialistas disseram que isso não significava necessariamente que não se originou na China, onde muitos coronavírus semelhantes ao SARS foram encontrados na natureza.
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