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Documentário da Netflix leva Vaticano a reabrir investigação sobre mistério que dura há 40 anos

SIC NOTÍCIAS - STAFF - 10 JAN, 2023


A rapariga de 15 anos é filha de um funcionário do Vaticano e desapareceu em 1983.

Emanuela Orlandi

O Vaticano indicou esta terça-feira que reabriu a investigação meses depois de um novo documentário da Netflix lançar novas suspeitas.


A reabertura da investigação ao desaparecimento de Emanuela Orlandi surge também semanas depois da família da jovem ter pedido ao parlamento italiano para assumir as culpas.



O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, precisou que o procurador do Vaticano, Alessandro Diddi, abriu um processo ao desaparecimento de Emanuela Orlandi tendo por base "os pedidos feitos pela família em vários locais". O caso foi arquivado em 2020, após terem desenterrado vários caixões funerários, mas os testes forenses revelaram que os restos mortais tinham todos mais de 100 anos.

A advogada da família Orlandi, Laura Sgro, disse que não tinha confirmação oficial e relembrou que o último registo do Vaticano sobre o caso ocorreu em 2019.


As teorias e os mistérios


A investigação irá incidir também no caso de Mirella Gregori, que também tinha 15 anos quando desapareceu em Roma semanas antes de Orlandi. Os investigadores acreditam que os dois casos podem estar relacionados.


Emanuela Orlandi, filha de um funcionário leigo da Santa Sé, desapareceu a 22 de junho de 1983, depois de ter saído de casa da sua família no Vaticano para ir para a uma aula na escola de música que frequentava em Roma.


Desde então várias têm sido as histórias avançadas para explicar o desaparecimento de Emanuela Orlandi, incluindo teorias envolvendo tráfico sexual ou rapto por parte de um gangue para servir como moeda de troca para a libertação de Mehmet Ali Ağca, que tentou assassinar o Papa João Paulo II.


Uma nova teoria surgiu com o documentário da Netflix intitulado "Vatican Girl: The Disappearance of Emanuela Orlandi", que estreou em outubro de 2022, em que uma amiga de infância de Emanuela conta que, dias antes do desaparecimento, a adolescente foi abusada sexualmente dentro do Vaticano por “alguém próximo do Papa”.


A reabertura do caso também acontece após Georg Gänswein, o secretário pessoal e íntimo do Papa Bento XVI, ter afirmado que irá abordar o caso misterioso de Orlandi no seu livro, que será publicado a 12 de janeiro.



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