- O ESTADO DE SÃO PAULO - 1 Mar, 2021 -
Rayssa Motta e Fausto Macedo -

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Defesa do infectologista comunicou à Justiça que não pretende aceitar qualquer proposta de conciliação em audiência preliminar com farmacêutico suspeito de divulgar autoprescrição
O processo aberto na esteira do vazamento da receita médica do infectologista David Uip, ex-coordenador do Centro de Contigência para o novo coronavírus no Estado de São Paulo, ainda não tem previsão para chegar ao fim. A celebração de um acordo com o farmacêutico suspeito de divulgar a prescrição, que poderia encerrar a ação, não está nos planos do médico, segundo informou a defesa nesta segunda-feira, 1º.
O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende David Uip no caso, comunicou ao juízo e ao Ministério Público de São Paulo que não pretende aceitar qualquer proposta de conciliação na audiência preliminar marcada para a próxima semana, ‘independente dos termos apresentados’.

O inquérito para apurar o caso foi aberto em abril do ano passado e a Promotoria apontou que houve crime de violação do segredo profissional pelo gerente. O vazamento foi percebido quando passaram a circular, nas redes sociais, imagens da receita médica em que o infectologista, que estava com covid-19, prescreveu cloroquina a si próprio. A investigação indicou que o gerente da farmácia que vendeu o medicamento teria vazado a foto em grupo WhatsApp. Embora tenha deixado a coordenação do Centro de Contingenciamento de São Paulo, David Uip continua trabalhando no comitê do governo paulista.
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