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Câmeras de vigilância chinesas levanta preocupações na Europa

- THE EPOCH TIMES - Danella Pérez Schmieloz - Tradução César Tonheiro - OCT 14, 2021 -

Imagem de câmeras Hikvision em um shopping eletrônico em Pequim em 24 de maio de 2019. (Fred Dufour / AFP via Getty Images)

Uma vulnerabilidade crítica encontrada em câmeras de vigilância da empresa chinesa Hikvision — que são amplamente usadas na Europa — acrescentou às preocupações anteriores sobre as práticas de dados da empresa, de acordo com um relatório de 6 de outubro do Politico. A Hikvision é controlada por um grupo militar-industrial chinês e foi acusada de colaborar com o Partido Comunista Chinês (PCC) na violação dos direitos humanos contra os uigures.


Watchful IP, um pesquisador de segurança anônimo, descobriu que um grande número de softwares de câmeras Hikvision têm uma vulnerabilidade de segurança que “permite que um invasor obtenha controle total de [um] dispositivo”, de acordo com um relatório publicado em 18 de setembro.


“Este é o nível mais alto de vulnerabilidade crítica”, diz o relatório. “Dada a implantação dessas câmeras em locais sensíveis, até mesmo a infraestrutura crítica está em risco.”


O IPVM, um grupo de pesquisa, diz que a vulnerabilidade pode afetar 100 milhões de câmeras em todo o mundo, informou o Político. A maioria dos modelos afetados são recentes, embora essa vulnerabilidade possa ser rastreada até pelo menos alguns modelos de 2016, de acordo com o Watchful IP.


A Hikvision tem sido o principal fornecedora de sistemas de vigilância e câmeras na Europa, de acordo com o Político. Por exemplo, a operadora aeroportuária espanhola AENA contratou recentemente a Hikvision como fornecedora de 175 câmeras distribuídas em dezenas de aeroportos, incluindo Madrid-Barajas e El Prat em Barcelona.


Embora a Hikvision tenha admitido a vulnerabilidade e disponibilizado um novo software para repará-la, as preocupações com a privacidade dos dados não foram atenuadas.


De acordo com o Relatório Anual de 2020 da Hikvision (pdf), o “controlador real” da empresa é um grupo militar-industrial chinês denominado China Electronics Technology Group Ltd. (CETC). A CETC também é “a maior empreiteira de defesa eletrônica da China”.


Os grupos militares-industriais chineses são forçados a cumprir as exigências do PCCh, as empresas são obrigadas a entregar os dados. A Hikvision é monitorada por um comitê do partido e tem muitos representantes do PCC dentro da empresa. Além disso, o site oficial da mesma afirma que as atividades do PCC na empresa têm o objetivo de “manter e melhorar a liderança do PCC.”


O PCCh pode então usar dados para monitorar a população, de acordo com Lord Alan West, ex-ministro da segurança britânico. Em um debate na Câmara dos Comuns, ele afirmou que a China usa o “reconhecimento facial'' e eles usam essa informação em grande escala para controlar sua população.


“Os sistemas reúnem muitos dados pessoais”, disse Audrey Fritz, pesquisadora do Australian Strategic Policy Institute. “A principal preocupação é que não fique dentro do país, o que não está sujeito às leis e regulamentos de seu país ... Por causa das leis e regulamentos [da China] que as empresas chinesas são obrigadas a entregar às autoridades governamentais, isso se torna uma preocupação."


Por causa dessas preocupações, os contratos europeus com a Hikvision geraram oposição de algumas autoridades.


“A Europa deve ser cautelosa para permitir que potências estrangeiras tenham muito controle sobre os sistemas, alertando sobre 'possibilidades de nos atacar onde pode ser muito sensível'”, disse Alex Voss, membro do Parlamento Europeu, ao Político.


A Hikvision também foi acusada de colaborar com a perseguição do PCCh às minorias religiosas em Xinjiang.


Em 2019, a administração Trump colocou a Hikvision na lista negra entre 27 outras entidades. Essas empresas chinesas foram "implicadas em violações de direitos humanos e abusos na implementação da campanha de repressão da China, detenção arbitrária em massa e vigilância de alta tecnologia contra uigures, cazaques e outros membros de grupos minoritários muçulmanos", de acordo com o Departamento de Comércio.


O tratamento de uigures da China tem sido considerado como um “genocídio”, tanto pela administração anterior e atual dos EUA, os parlamentos do Canadá, Holanda, Lituânia, Bélgica, República Checa, e no Reino Unido, juntamente com juristas internacionais e acadêmicos.


De acordo com o Conselho Norueguês de Ética (pdf), as câmeras de vigilância da Hikvision estão espalhadas por Xinjiang, especialmente perto de mesquitas e campos de trabalho, relatou o Político.


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