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Crise na China: de forte queda a década(s) perdida(s)

- THE EPOCH TIMES - Law Ka-Chung - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - AGO 3, 2022 -

Desde o segundo semestre do ano passado, a bolha imobiliária do continente chinês aparentemente estourou, com a incorporadora Evergrande carregando o peso, seguida por pelo menos 58 empresas imobiliárias inadimplentes em suas dívidas em variados graus. A foto mostra um complexo residencial construído pela Evergrande em Pequim. (Noel Celis/AFP)

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Uma década atrás, a China foi elogiada como um milagre. A crise gêmea (imóveis e dívidas) será outro assombro. O milagre é, como sempre, algo nos livros de histórias. Na realidade, parece não haver nenhum milagre. De 1/2 a 1/3 de século atrás, quando a Alemanha Ocidental e o Japão eram considerados milagres econômicos para dominar os Estados Unidos, acabou não sendo assim. Então os “quatro pequenos dragões” na Ásia (Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura) foram vistos como outro milagre; a bolha estourou em apenas alguns anos. Mais tarde, há 1/4 de século, foi a vez dos BRICS (China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul). Agora o líder está fazendo outro milagre.


Todos esses casos apontam apenas para um fenômeno de alta e baixa. Todos eram cíclicos e longe de seculares, exibindo no máximo um ciclo mais longo. Em outras palavras, nenhum deles foi sustentável ao longo de décadas. Não eram milagres, e não havia mágica por trás deles. Esse tipo de crescimento é muitas vezes um garbage-in-garbage-out (GIGO) sem muita qualidade. Seja o Japão nos anos 1980-1990 ou a China nos anos 2000-2010, o crescimento econômico foi alimentado principalmente por tijolos e argamassa; uma subida acentuada seria tão fácil quanto uma queda acentuada.


Ao encontrar lucros anormais, retornos financeiros ou crescimento, lembre-se sempre da law one price (lei do preço único). Sempre se pergunte por que os outros estão crescendo de 1% a 3%, mas você cresce de 10% a 15%.


Ou você está gastando seu passado (de poupança), ganhando de seus vizinhos (o chamado beggar thy neighbor) [empobreça o teu vizinho), ou gastando seu futuro (de empréstimos). É justo dizer que o crescimento excepcionalmente baixo durante a era de Mao economizou bastante potencial à China depois de 1978. Mas o boom imobiliário desde 2003 e especialmente depois de 2008 pareceu esgotar seu futuro significativamente.


Empréstimos resultam em dívidas, que em última instância devem ser pagas. A experiência na década de 2010 parecia sugerir que isso não aconteceria – um milagre sem necessidade de reembolso. Agora se torna outro assombro – uma crise gêmea sem precedentes. Agora talvez não. Isso não é novo na história, mas já foi repetido muitas vezes antes. Sem ir muito longe, o Japão experimentou isso no início dos anos 1990, a Ásia ex-Japan ((AxJ)[Ásia exceto o Japão] experimentou no final dos anos 1990, os EUA no final dos anos 2000 e a Europa no início dos anos 2010. Os casos eram abundantes a cada década.


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Um caso apropriado deve ser o Japão, uma vez que a natureza dos dois países, bem como a escala da bolha são muito semelhantes. A experiência dos EUA mostrou que foram necessários oito anos para liberar a alavancagem – de meados de 2006, quando os preços das moradias atingiram o pico, até meados de 2014, quando sua taxa de desemprego voltou a ficar abaixo de 7%.


O Japão não publicava preços de moradias, mas preços de terrenos no passado. O gráfico abaixo mostra que a China está agora pisando nas pegadas do Japão de 28 a 29 anos atrás. A semelhança parece incrível se o preço da habitação popular (preços de casas em cidades de segundo nível) for usado.

Preço da Terra no Japão e Crescimento do Preço da Habitação na China (Cortesia de Law Ka-chung)

O pior momento parece ter acabado de passar, mas sem permitir uma queda acentuada dos preços, a correção deve demorar um pouco mais. Uma melancolia prolongada durará mais uma ou duas décadas até a década de 2030 ou até 2040 para o reembolso total.


As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.


Law Ka-Chung é comentarista de macroeconomia e mercados globais. Ele tem escrito inúmeras colunas em jornais e revistas e discorre sobre mercados em vários canais de TV, rádio e internet em Hong Kong desde 2005. Ele cobre todos os tipos de tópicos de economia e finanças nos Estados Unidos, Europa e Ásia, desde teorias macroeconomicas para as perspectivas de mercado, ações, moedas, taxas, rendimentos e commodities. Ele é o economista-chefe e estrategista de uma filial de Hong Kong do quinto maior banco chinês há mais de 12 anos. Ele tem um Ph.D. em Economia, Mestrado em Matemática e Mestrado em Astrofísica. E-mail: lawkachung@gmail.com


PUBLICAÇÃO ORIGINAL >

https://www.theepochtimes.com/china-crisis-from-sharp-crash-to-lost-decades_4635546.html


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