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China é uma 'prioridade ímpar' para os chefes de espionagem dos EUA

“Visto que a China é uma prioridade sem paralelo para a comunidade de inteligência, começarei destacando certos aspectos da ameaça de Pequim”, disse a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, ao Comitê de Inteligência do Senado.


A diretora Avril Haines do Escritório Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) testemunhou durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado sobre ameaças mundiais, no Capitólio em Washington em 14 de abril de 2021. (Graeme Jennings / AFP via Getty Images)

- REUTERS - 14 Abr, 2021 -

- TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO -


WASHINGTON (Reuters) - Os líderes da agência de espionagem dos Estados Unidos disseram na quarta-feira que a China é uma “prioridade ímpar", citando a agressão regional e as capacidades cibernéticas de Pequim, conforme testemunharam em uma audiência pública "Ameaças Mundiais" no Congresso pela primeira vez em mais de dois anos.



“Visto que a China é uma prioridade sem paralelo para a comunidade de inteligência, começarei destacando certos aspectos da ameaça de Pequim”, disse a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, ao Comitê de Inteligência do Senado.


O regime “representa um desafio cada vez mais tenebroso para o papel dos EUA nos assuntos globais”, ela acrescentou.



O diretor do Federal Bureau of Investigation, Christopher Wray, disse que sua agência abre uma nova investigação ligada à China a cada 10 horas.


Haines também citou os esforços russos para minar a influência dos EUA, a contribuição do Irã para a instabilidade no Oriente Médio, o terrorismo global e os esforços norte-coreanos em potencial para “criar barreiras” entre Washington e seus aliados como ameaças significativas.



A aparição de Haines e outros diretores de inteligência foi a primeira audiência pública de "Ameaças Mundiais" desde janeiro de 2019. O ex-presidente Donald Trump, que frequentemente entrava em conflito com agências de segurança, não enviou funcionários no ano passado para testemunhar no que normalmente é um evento anual.


O senador democrata Mark Warner, presidente do comitê, disse estar “consternado” por não ter havido audiência no ano passado.


ÊNFASE EM TECNOLOGIA


Grande parte da audiência se concentrou na tecnologia — a ameaça de hackers, a importância do desenvolvimento de ponta e a influência maligna das mídias sociais.


“O ambiente de tecnologia de hoje permite que os adversários causem estragos”, disse o vice-presidente republicano do painel, Marco Rubio.


Warner observou o esforço que Pequim fez para tornar a empresa chinesa Huawei líder em sistemas 5G avançados, e disse que teme que ela possa fazer esforços semelhantes em outras tecnologias emergentes.


Observando os perigos do hacking internacional de computador, como o recente ataque SolarWinds, Warner disse: “Também podemos desenvolver novas normas internacionais onde certos tipos de ataques são proibidos, assim como o uso de armas químicas ou biológicas é proibido”.


O diretor da Agência Central de Inteligência, William Burns, o diretor-geral da Agência de Segurança Nacional, Paul Nakasone, e o diretor da Agência de Inteligência de Defesa, tenente-general Scott Berrier, também testemunharam.


Burns disse que quase um terço da força de trabalho da CIA está focada em questões cibernéticas.


Nakasone e Wray disseram que agências de inteligência poderiam se beneficiar com mais informações de empresas sobre ameaças cibernéticas, mas não endossaram diretamente pedidos de alguns membros do Congresso por uma legislação que exigiria mais de empresas como Facebook e Twitter.


Wray disse que a mídia social se tornou "o amplificador chave" do extremismo violento doméstico e da influência estrangeira maligna. “As mesmas coisas que atraem as pessoas por bons motivos também são capazes de causar todos os tipos de danos”, disse Wray.


As agências de inteligência dos EUA divulgaram na terça-feira um relatório abrangente sobre ameaças globais. Doenças, a diferença entre ricos e pobres, mudanças climáticas e conflitos dentro e entre as nações representarão desafios maiores, com a COVID-19 já agravando alguns desses problemas, disse o relatório do Conselho Nacional de Inteligência.


Os chefes de inteligência devem testemunhar em uma segunda audiência sobre Ameaças Mundiais, perante o comitê de Inteligência da Câmara, na quinta-feira.


Reportagem de Patricia ZengerleEditing de Alistair Bell


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