- GATESTONE INSTITUTE - 4/7/2021 - Judith Bergman - Tradução: Joseph Skilnik -

Se a China levasse a sério a redução das emissões, tal intenção teria ficado clara em seu novo plano de cinco anos para o quinquênio de 2021/2025, lançado em março. Este plano, no entanto, foi caracterizado por conter "pouco mais do que vagos compromissos para lidar com as emissões de dióxido de carbono".
Conforme escreveu o Wall Street Journal em editorial de fevereiro, iniciativas como esta explicam porque "Pequim gosta de Biden e de Paris". Eles permitem que a China, nas palavras do editorial, "nade de braçada quanto à emissão de carbono", o que significa irrestrito crescimento econômico na hora em que a China procura se tornar a potência hegemônica tanto econômica quanto tecnológica do planeta.
Quanto custará o cumprimento das promessas climáticas do presidente Biden e qual será o benefício real e para quem e quanto de vantagem isso realmente dará à China?
Justamente quando a China está, obviamente, dizendo uma coisa e fazendo outra e, escancaradamente não cumprindo sua parte nos compromissos mundiais de reduzir as emissões de CO2, como era de se esperar da segunda maior economia do planeta, ampliar as promessas climáticas dos Estados Unidos manda todos os sinais errados. O que a China e outros veem é que não importa o que se faça, mesmo que ela engane o mundo e continue seu comportamento predatório, os EUA estão dispostos a reduzir sua própria competitividade, desenrolar para a China um espesso tapete vermelho para ela se tornar a superpotência hegemônica do mundo, que é o papel que ela deseja desempenhar.
Em 2020 a China Comunista desenvolveu mais de três vezes o potencial adicional de energia proveniente do carvão do que a soma de todos os demais países do mundo juntos, ou seja: o equivalente a mais de uma grande usina de carvão por semana, de acordo com o relatório divulgado em abril pela Global Energy Monitor.
Também em 2020 as emissões chinesas de CO2 aumentaram 1,5%, enquanto as da maioria dos outros países diminuíram. Muito embora em 2020 o restante dos países tenha recuado no tocante ao uso do carvão, este recuo foi eclipsado pelas novas usinas de carvão da China.
Mesmo antes da China construir essas novas plantas, ela já era a maior emissora de dióxido de carbono (CO2) resultante de combustível fóssil: em 2019 a China foi a responsável por quase 30% das emissões de CO2, quase o dobro da emissão emitida pelos EUA, então o segundo maior emissor. A China, consumidor nº1 de carvão do planeta, já conta com a maior concentração de usinas de carvão em termos globais, em 2020 ela produziu 3,84 bilhões de toneladas de carvão, a maior produção desde 2015. Além disso, em 2020 a China importou 304 milhões de toneladas de carvão, um salto de 4 milhões de toneladas em relação a 2019.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, "79,7% das emissões chinesas vieram do carvão em 2018 em comparação com 70,6% da Índia, 25,8% dos Estados Unidos e 27,9% da União Europeia" e "desde 2011, a China consome mais carvão do que o restante de todos os países do planeta juntos."
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