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China Compra Ensino Superior Ocidental

- GATESTONE INSTITUTE - 1 Abr, 2021 -

Giulio Meotti - Tradução: Joseph Skilnik -


Gulbahar Haitiwaji, uma sobrevivente dos "campos de reeducação" da China em Xinjiang, recentemente revelou o que acontece por lá. "É proibido falar o idioma uigur, é proibido rezar, é proibido fazer greve de fome..." Ela tinha que fazer suas necessidades em um balde de plástico na frente dos outros. Ela ficou acorrentada à sua cama durante 20 dias. Foto: "Centro de Serviço de Formação Educacional e Qualificação Vocacional Cidade Artux," um campo de reeducação onde ficam detidas minorias étnicas, em sua maioria, a muçulmana, norte de Kashgar em Xinjiang. (Foto: Greg Baker/AFP via Getty Images)
  • "A conferência inaugural garantiu a todos que o Tibete nunca foi anexado e que a intervenção chinesa de 1950 foi solicitada pelos tibetanos, lembrou Nicolas Nord, professor de direito."

  • O novo indicado a chefe da CIA, William J. Burns, assinalou que, se dependesse dele, fecharia os Institutos Confúcio nas universidades ocidentais.

  • Dezessete escolas no Reino Unido já são de propriedade de empresas chinesas e esse número só tende a aumentar. E não para por aí, o jornal The Times revelou que a Universidade de Cambridge recebeu um "generoso presente" da Tencent Holdings, uma das maiores empresas de tecnologia da China envolvida na censura estatal.

  • Hoje sabemos muito sobre a crueldade da China, incluindo o assassinato em massa através do Vírus de Wuhan que o Partido Comunista Chinês impôs ao mundo... resultando no assassinato de mais de 2,5 milhões pessoas.

  • Também sabemos acerca do número de pessoas presas no laogai, as "prisões administrativas" chinesas (estimado em 50 milhões) ...

  • "Lugares habitados por minorias étnicas, como Xinjiang e Tibete, têm se destacado como exemplos brilhantes do progresso nos direitos humanos na China", ressaltou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, horas antes de discursar na conferência anual do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Provavelmente, nem a União Soviética teria condições de sair com essa.


O resultado estarrecedor de uma investigação acaba de ser publicado pelo semanário francês Le Point sobre como Pequim vem comprando favores das universidades ocidentais. Senão vejamos: Fabio Massimo Parenti, italiano, professor adjunto do Instituto Internacional Lorenzo de Medici, de Florença, foi recepcionado e patrocinado em Xinjiang, onde se estima que dois milhões de uigures estejam presos em "campos de reeducação". Além disso, muitas escolas britânicas já estão sob o radar de influência e propaganda chinesa. Nigel Farage, líder do Partido Reformador do Reino Unido da Grã-Bretanha, recentemente tuitou que "bilionários chineses ligados diretamente ao PCC (Partido Comunista Chinês) estão comprando escolas britânicas e inundando o currículo com propaganda" e listou os nomes de algumas delas no Reino Unido que se encontram "sob controle chinês":

"Abbots Bromley School Bournemouth Collegiate St Michael's School Bosworth College Bedstone College Ipswich High School Kingsley School Heathfield Knoll School Thetford Grammar Wisbech Grammar Riddlesworth Hall Myddelton College CATS Colleges"

A partir de setembro de 2019, em Urumqi, capital da região uigur de Xinjiang, no oeste da China, Christian Mestre, reitor honorário da Faculdade de Direito da Universidade de Estrasburgo participou de um "seminário internacional sobre a luta contra o terrorismo, processos para a moderação de radicais e a proteção dos direitos humanos". O seminário foi organizado pela República Popular da China. As declarações de Mestre foram transcritas tanto pela mídia estatal, pela agência de notícias Xinhua, quanto pelo jornal nacionalista Global Times.


"Espero que a França e demais países europeus adotem as soluções apresentadas por Xinjiang", salientou o professor Mestre durante uma visita a um dos "centros de educação vocacional", nome dado por Pequim aos campos de reeducação. "Essas pessoas não estão presas", asseverou o professor, "são enviadas para formação compulsória". Desse mato não sai coelho, como se diz por aí.


Foi o início de uma impressionante investigação do semanário francês Le Point sobre como a China comprou os favores de muitas universidades ocidentais. "É digno das viagens de Aragão à União Soviética ou dos colaboradores da Alemanha nazista", ressaltou Marie Bizais-Lillig, colega de Mestre. A referência diz respeito a Louis Aragon, escritor francês que visitou a União Soviética na era Stalin e voltou convencido da autenticidade do sistema comunista, passando a se dedicar à sua defesa.


Uma sobrevivente dos campos de reeducação da China em Xinjiang recentemente revelou o que acontece por lá. Gulbahar Haitiwaji morou na França durante dez anos. Seu marido e suas filhas tinham status de refugiados políticos, mas Gulbahar preferiu usar seu passaporte chinês para visitar sua mãe idosa. Em novembro de 2016, ela comprou uma passagem para a China, lá chegando, zás-trás se viu deportada para um campo de reeducação para o seu povo, os uigures. Ela ficou detida por dois anos e só foi libertada devido à pressão da França. No início deste ano publicou um relato arrepiante, "Rescapée du goulag chinois". ("Sobrevivente de um Gulag Chinês")



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