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Até 2,5 mil empresas podem ir à Recuperação Judicial ante o PCCh vírus

22/04/2020


- O ESTADO DE SÃO PAULO -



Imperativo destacar que “dinheiro” — fabricado do nada — existe! Porém a falta de garantias oferecidas pelos tomadores de crédito é um dos principais motivos para haver empoçamento de crédito. (detalhes aqui)

Retração do PIB deve levar País a novo recorde de recuperações judiciais Previsão de especialistas é que, com dificuldades para manter o fluxo de caixa, até 2,5 mil empresas tenham de recorrer à Justiça para adiar o pagamento de débitos e evitar falência 22 de abril de 2020 por Renée Pereira, O Estado de S.Paulo A dificuldade para recompor o caixa nos próximos meses, como reflexo da forte retração econômica provocada pelo coronavírus, deve levar um maior número de empresas a pedir proteção da Justiça para não falir. A previsão de especialistas é que o volume de pedidos de recuperação judicial possa atingir patamar recorde. Levantamento da consultoria Alvares & Marsal (A&M), com base no histórico de pedidos dos últimos anos, fala em mais de 2,5 mil empresas nessa situação.  “Pelo histórico verificado de 2007 para cá, vimos uma correlação grande entre a queda do PIB e o aumento das recuperações judiciais”, diz o diretor de reestruturação da A&M, Leonardo Coelho. A estimativa da consultoria considera projeção de queda de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) Se confirmado, o resultado será quase 40% superior ao recorde verificado em 2016, quando 1,8 mil companhias recorreram à Justiça. Naquele ano, a economia havia recuado 3,6%, após um tombo de 3,5% no ano anterior. Segundo Coelho, quanto maior o impacto no PIB, maior a quantidade de setores afetados e a chance de se alastrar pelas cadeias produtivas Mesmo que a queda da economia neste ano seja inferior a 5%, a escalada das recuperações judiciais será mais intensa que o pico de 2016. Isso porque o cenário já parte de uma base bastante deteriorada pela recessão econômica e baixo crescimento dos últimos cinco anos. Segundo o levantamento, uma queda de 1,5% do PIB levaria 2,1 mil empresas à recuperação judicial entre o terceiro trimestre deste ano e o terceiro trimestre de 2021; se cair 3%, 2,2 mil entrariam com pedido. “As companhias que sobreviveram à última crise conseguiram se reinventar, mas ainda não têm caixa para aguentar muito tempo de paralisação”, diz Coelho, acrescentando que, diferentemente de outros anos, a atual crise é generalizada entre os setores. Consultas de empresas Coelho afirma que tem recebido consulta de várias empresas para saber como proceder neste momento, se entram com pedido de recuperação ou aguardam. A orientação é esperar. “Ninguém está forçando o pagamento; agora é hora de se preparar para a volta.” O advogado Sergio Emerenciano, do escritório Emerenciano, Baggio & Associados, confirma a forte demanda. “Estamos trabalhando para avaliar as contas e a parte financeira das empresas.” Segundo ele, o cenário ainda obscuro da Covid-19 e o intenso problema de caixa das empresas vão elevar o nível de inadimplência, de recuperação judicial e de falências. Para ele, hoje o setor mais afetado e que tem urgência para resolver os problemas é o comércio, em especial o de menor porte. “Neste momento, são essas empresas que estão nos procurando; são negócios que faturam de manhã para pagar a conta à tarde.” https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,retracao-do-pib-deve-levar-pais-a-novo-recorde-de-recuperacoes-judiciais,70003278449

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