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Alta de custos e falta de mão de obra desafiam o comércio

- DIÁRIO DO COMÉRCIO - Fátima Fernandes - 10 JUN, 2022 -


Camisa masculina, que era vendida a R$ 60, custa agora R$ 100. Situação se agrava com sumiço de costureiras, como informa a Confecção Barcelos (foto). Lojistas informam que conseguem repassar apenas parte da alta de custos para os preços, até porque o cenário não está nada favorável ao consumo no país


Em uma saída para as lojas é impossível não notar a alta generalizada de preços dos produtos, muito além da taxa oficial da inflação, que está na casa de 12% em 12 meses.


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Veja alguns exemplos. A peça mais procurada durante a pandemia, a máscara, custava R$ 19,90 (o pacote com duas unidades da marca Lupo), assim que foi lançada. Hoje, R$ 26.


Um par de meia masculina clássica da mesma marca, que custava R$ 14,80 em dezembro de 2019, passou para R$ 17,70 em dezembro do ano passado e para R$ 19,80 hoje.


Uma camisa masculina da Remo Fenut, vendida a R$ 60, hoje sai por R$ 100. Um par de sapato masculino da Fascar, que era vendido a R$ 450 antes da pandemia, hoje custa R$ 630.


Em um país onde as famílias estão com o orçamento mais apertado e bem mais endividadas, comerciantes quebram a cabeça para driblar a forte pressão inflacionária.


“O cenário de hoje faz lembrar o final da década de 80, quando o país enfrentou uma escalada de preços absurda”, afirma Thiago Sitta, sócio da Remo Fenut, loja de roupas masculinas.


De acordo com ele, os seus custos de produção subiram pelo menos 50% do final do ano passado até agora.


“Pagava entre R$ 20 e R$ 25 para confeccionar uma camisa. Hoje, pago R$ 37, R$ 38”, diz.


Rafael Borges de Souza, sócio da Fascar, diz que os custos dos insumos para a produção de sapatos subiram cerca de 30% somente neste ano, com destaque para os produtos químicos.


Isabelle Rochat, franqueada da Lupo com seis lojas em São Paulo e Curitiba, diz que, desde o início do ano, os custos de meias, peças íntimas, pijamas e linha esportiva subiram 15%.


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A mão de obra também está mais cara e mais difícil de achar, dizem eles, especialmente para realizar trabalhos mais específicos, como pesponto nos calçados e nas roupas.


Luís Ataíde, sócio da Confecção Barcelos, que fabrica ternos, informa que a falta de costureiras e também de tecidos provocou uma queda de 40% na sua produção.


Antes da pandemia, Ataíde produzia até 5 mil peças por mês para entrega em 30 dias de um lote de mil peças. Hoje, este número chega a 3 mil peças no máximo, para entrega em 45 dias.


Um terno básico que ele vendia para os lojistas a R$ 130, hoje sai por R$ 150. “Os aumentos de custos são de 15% a 20%”, diz ele.


Situação vivida pelos empresários citados acima exemplifica o que acontece em todo o país. Os produtos que dispararam de preços estão espalhados por todos os setores do varejo.


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