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A saída de DiDi dos EUA vai acelerar a dissociação

- THE EPOCH TIMES - Fan Yu - Tradução César Tonheiro - 10 DEZ, 2021 -

A empresa chinesa DiDi's anunciou sua saída da Bolsa de Valores de Nova York, efetivamente encerrando as ofertas públicas (IPOs) da indústria de tecnologia chinesa nos Estados Unidos.


A gestão da DiDi como uma empresa listada tem sido tumultuada. Suas ações perderam quase 50% de seu valor desde a oferta pública inicial (IPO), há seis meses.


Embora a DiDi tenha afirmado que chegou à conclusão de seu fechamento por conta própria, essa decisão não coube à empresa. A companhia supostamente deu início a uma IPO sem obter a aprovação dos reguladores chineses, mesmo depois que os reguladores expressaram preocupações sobre certas questões de “cibersegurança” sobre seu armazenamento de dados.


O quão legítimas eram essas preocupações não vem ao caso. Depois que surgiram relatos nas últimas semanas de que a Administração de Segurança Cibernética da China (CAC) estava pressionando a DiDi para sair da lista, seu destino como uma empresa listada nos Estados Unidos foi selado.


A DiDi planeja listar suas ações negociadas em Hong Kong depois de deixar Nova York.

Este evento marcará o fim de uma era das gigantes de tecnologia chinesas vendendo ações nos mercados dos Estados Unidos. Desde a Sina´s IPO em 2000, uma sucessão de companhias chinesas usou o que é chamado de estrutura de entidade de interesse variável (VIE) para contornar as leis chinesas para levantar capital estrangeiro. Algumas das maiores empresas chinesas, incluindo Alibaba, JD.com e NetEase, seguiram essa fórmula.


No início de dezembro, a SEC estabeleceu regras segundo as quais as empresas chinesas listadas nos Estados Unidos devem abrir seus livros para exame nos Estados Unidos ou enfrentarão a perda de capital dentro de três anos. A comunidade de investidores tem esperanças de um eventual acordo entre a SEC e as autoridades do Partido Comunista Chinês (PCC) para compartilhar os papéis de auditoria. Mas houve muito pouco progresso nessa frente.


Em vez disso, Pequim parece empenhada em retirar suas empresas dos Estados Unidos. O CAC introduziu regras cada vez mais rígidas que regem as empresas chinesas que buscam IPOs estrangeiras com base em dados e questões de segurança nacional.


Enquanto os empresários chineses querem lucrar por meio de IPOs estrangeiras, o líder do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping, deseja manter as empresas — e, por extensão, a riqueza de seus fundadores — no país onde possam ser monitoradas e controladas. A “segurança de dados” poderia ser apenas uma desculpa, mas a política subjacente de Xi tem sido firme e clara. A China quer capital estrangeiro, mas deve ser pelas regras do PCC.


Também vimos a transformação de Hong Kong de uma cabeça de ponte de capital estrangeira, em grande parte livre e de fato, para uma cidade chinesa totalmente dominada pelo PCCh. Pequim introduziu regras separadas para empresas que buscam uma listagem na China e Hong Kong versus fora da China continental no início deste ano. O resultado? Apenas uma empresa chinesa precificou uma IPO nos Estados Unidos durante o segundo semestre de 2021.


O futuro das empresas chinesas listadas nos EUA parece cada vez mais precário. Muitas já estão buscando uma listagem dupla em Hong Kong para tornar menos doloroso o futuro fechamento de capital dos Estados Unidos.


Sobre a estrutura VIE, cuja longevidade tem sido questionada, Pequim recentemente sugeriu que ela poderia permanecer como uma estrutura viável para o fluxo de capital estrangeiro para as empresas chinesas. Mas seu futuro pode ser restrito a empresas não tecnológicas, já que as empresas de tecnologia podem ser forçadas a ficar em casa.


Uma coisa é certa: a China está estabelecendo Hong Kong como o local preferido para listagem de ações “estrangeiras”. A cidade está dentro das fronteiras da China e as empresas de investimento estrangeiro desfrutam de mais liberdade econômica e de capital lá do que no continente. Qualquer mudança na atitude de Pequim em relação à estrutura da VIE provavelmente não afetará a capacidade das empresas de se listar em Hong Kong.


PUBLICAÇÃO ORIGINAL >

https://www.theepochtimes.com/didis-us-departure-will-accelerate-decoupling_4148540.html


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