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A Quadrilha Contra-Ataca

- HEITOR DE PAOLA - MÍDIA SEM MÁSCARA - 17 DE JULHO DE 2009 -


Quando pesquisei para escrever meu ultimo artigo sobre a estrutura do crime organizado eu não poderia imaginar que três decorrências desta estrutura, já em franco andamento, viriam à tona tão cedo. A capacidade de Israel mover cyberwar contra o Irã, como nos informa Nahum Sirotsky, o ataque cibernético sofrido por sites governamentais americanos e sul-coreanos (aqui e aqui) e os recentes acontecimentos em Honduras, com o pleno envolvimento da quadrilha que inclui o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano agindo em rede e promovendo uma netwar em tempo real. Das duas primeiras me ocuparei oportunamente.

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A QUADRILHA CONTRA ATACA
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O princípio democrático está, em termos retóricos, em ascendência em todo o mundo, no entanto devemos nos perguntar se na realidade, como uma prática e não apenas declamação, não está em declínio, particularmente no que vinha sendo seu mais forte bastião, os Estados Unidos

ROBERT H. BORK
Slouching Towards Gomorrah: modern liberalism and American decline

O ATAQUE AO FORO DE SÃO PAULO


O FSP sofreu seu primeiro ataque e mais duro revés pelo bravo povo hondurenho e suas instituições que se mostraram mais firmes do que as de qualquer outro país da Iberoamérica, da Europa e, infelizmente, do “mais forte bastião democrático”, os EUA. Como bem o disse Tim Dunkin: existe ao menos um país no Ocidente que realmente leva sua Constituição a sério. Infelizmente, este país é Honduras, e não os EUA. Que poderíamos dizer nós, brasileiros e dos demais países ibero-americanos nos quais as Constituições não passam de folhetos esfarrapados, tão volumosos quanto inúteis, cujo uso mais comum é a higiene sanitária dos governantes de todos os poderes?



Pois Honduras ousou! Ousou desafiar através de mecanismos constitucionais a pior quadrilha que já infestou as Américas logo quando esta estava no auge: quinze países dominados e o reforço maior: a conquista do “mais forte bastião”, o único que a ela poderia se opor com decisão. Na “famigerada era Bush” – sem falar dos tempos de Reagan - ela seria enfrentada da única forma que bandidos entendem: a bala! Washington reconheceria imediatamente o novo governo constitucional de Micheletti, reforçaria o pessoal militar em Honduras e ampliaria a ajuda econômica. Na maravilhosa era obâmica, cantada em prosa e verso por toda a esquerda globalista internacional, agiu exatamente ao contrário. Agora, mais uma vez desde o ridículo Carter, ataca-se os amigos da América e defende-se os inimigos, pois a administração é, ela mesma, inimiga de seu país. Carter entregou a Nicarágua para os sandinistas, Obama está fazendo tudo para entregar Honduras ao FSP. Carter entregou o Irã para os Aiatolás, Obama quer entregar Israel a eles.


N’O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial [[1]] descrevi a articulação em curso entre o Foro de São Paulo, o Diálogo Interamericano, a União Européia, a ONU e suas agências e outras organizações globalistas e organizações criminosas e terroristas numa rede – network – capaz de respostas rápidas. E no último artigo abordei mais detalhadamente o funcionamento das mesmas. Na série O Suicídio da Águia (ver no meu website) já previ a entrada dos EUA no circuito. Pois é a isto que estamos assistindo em relação a Honduras na atual crise constitucional.



CONTRA-ATAQUE E RESISTÊNCIA



A resposta da quadrilha internacional de criminosos, políticos corruptos e narcotraficantes à deposição constitucional de um de seus mais promissores membros, o bandolero Mel Zelaya, surpreendeu até a mim que tenho estudado com afinco o funcionamento destes cartéis. Mal tomei conhecimento da ocorrência e já uma enxurrada de condenações caiu como uma tempestade torrencial visando rapidamente atingir dois objetivos: por um lado, amedrontar os legisladores e juristas hondurenhos com o fogo do inferno, e em segundo, tomar conta de toda a mídia mundial de modo a não haver, em nenhuma hipótese, vazamento da verdade antes da destituição supersônica do governo legal que fora empossado seguindo todas as normas constitucionais do país. O boquirroto do Lula foi quem deu com a língua nos dentes e revelou qual era o sentimento de todos. De lá onde andava – “O Cara” viaja tanto que já nem lembro por onde andava – declarou peremptoriamente: temos que acabar logo com este horror de um Presidente ser deposto por militares (por vias constitucionais, cumpanhêro!), pois se a moda da década de 60 volta!!! (Só faltou dizer: e eu?!) O timing era essencial, sabiam todos que se houvesse resistência cada vez ficaria mais difícil um retrocesso.


É claro, a brava postura de todos os setores de Honduras, da Corte Suprema ao Congresso, do Presidente Micheletti ao povo nas ruas, fez fracassar o intento inicial, apesar do novo e poderosíssimo membro da gangue, Barack Hussein, ter ameaçado com todas as retaliações imagináveis. O tempo corre a favor do governo legal e os podres começam a aparecer: cofres com dinheiro não declarado na própria casa presidencial, a conexão com o narcotráfico vem à tona.


Os apavorados “especialistas” de sempre começam a tremer nas bases:


“Se o regime de Micheletti consegue se consolidar e Zelaya fracassa em sua tentativa de regressar a Honduras, se criaria um nefasto precedente para a América Latina”. “A situação em Honduras é sumamente preocupante, porque pode se converter num modelo a ser seguido em vários países da AL que mostram características semelhantes, com conflitos entre o Presidente e o Congresso”. (Atílio Borón, analista político e sociólogo argentino).


“Quanto mais tempo passa, mais difícil será para Zelaya voltar (...) e mais debilitada fica a OEA” (Patrício Nava, analista chileno).


O mesmo Borón vai mais adiante: “Se se consolida a destituição de Zelaya, acaba o projeto de Obama de iniciar uma nova relação com a AL”. “O mandatário estadunidense devia ter tido ‘uma reação mais enérgica’”.


Ouviram bem? A esquerda pedindo mais intervenção dos antes tão odiados marines??? Ora, ora, e alguém ainda tem a cara de pau de dizer que Hussein, Clinton et caterva não são comunistas? E que todo o plano da administração não é estatizar a economia e acabar com a liberdade na América? E que sua adesão à tal“comunidade internacional” tem por finalidade derrocar a civilização ocidental judaico-cristã? É hora, então, de voltar a gritar o velho slogan dos meus tempos de comunista: Yankees, go home!


NARCOESTADO



Ramón Castillo, da organização nacional de Direitos Humanos vem, desde o início de 2008 advertindo para o perigo de que Honduras se convertesse num “narcoestado”, pois, segundo ele, as drogas passavam por seu território “sem deixar rastro”. Castillo já tinha pedido a Zelaya que fizesse uma limpeza na polícia. Entre 28 de janeiro e 15 de junho a Diretoria de Luta contra o Narcotráfico registrou a aterrissagem de 14 “narcoavionetas” (avioneta: teco-teco, monomotor), na sua maioria com matrícula venezuelana e que a passagem destes aparelhos pelo país “crescia na medida em que o deposto presidente incrementava seu trabalho de montagem do plebiscito para abolir a Constituição e poder se re-eleger”. Só em junho caíram cinco aparelhos, mas desde que Micheletti assumiu nenhum mais apareceu. Alguma dúvida de que as drogas partiam da Venezuela aonde chegavam provavelmente por intermédio das FARC?


O MODELITO DE ZELAYA


Todos os olhares se voltam para Caracas e para as selvas colombianas: é obra do Chávez e das FARC! Crime comum, nada de política! Como se este títere dos irmãos Castro estivesse agindo por conta própria e não organizado em quadrilha com o FSP do qual participam outros 13 chefes de Estado. Quem estava lá para acompanhar Zelaya em seu ”retorno triunfal” que não houve? Cristina Kirchner e Fernando “Padre de La Pátria” Lugo, que quando viram a coisa preta – nada a ver com a Casa Branca, please! – se mandaram e deixaram “Mel” a ver avionetas, tal qual uma alma penada sem pouso.


No entanto, seria melhor olhar para Brasília, pois o Ministro da Cultura do governo afastado de Honduras, Rodolfo Pastor, afirmou em entrevista exclusiva à BBC, que o modelo predileto do presidente deposto é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acrescentou que Zelaya tem sido acusado freqüentemente pelos simpatizantes do governo interino do país de ter no venezuelano Hugo Chávez a sua principal fonte de inspiração. "O presidente Zelaya sempre se sentiu mais atraído pela forma de trabalhar do presidente Lula e pelo modelo brasileiro do que por qualquer outro" (leia-se: ferver o sapo lentamente), afirmou Pastor. Tanto é assim, acrescenta, "que vários conselheiros e ideólogos do presidente Lula foram enviados a Honduras para dar consultoria em programas do governo, como (o assessor especial da Presidência da República) Marco Aurélio Garcia". Ah, finalmente, o MAG! Sempre que acontece um ato revolucionário comunista como este eu pergunto: cadê o MAG? Demorou, mas achei.


O PODER DA RESISTÊNCIA MORAL




Muitos não sabem onde fica Honduras, mas vão se lembrar que Honduras disse não ao socialismo e ao comunismo.

Somos um país pobre e pequeno, mas amamos nosso país e apoiamos nossas Forças Armadas e nosso novo Presidente [[2]]

DECLARAÇÕES DE ANÔNIMOS CIDADÃOS HONDURENHOS


As citações em epígrafe bastam para meus propósitos. Mostram o orgulho de um povo que sabe defender suas instituições. Honduras une-se a Israel e Taiwan: dois países pequenos no tamanho, gigantes na força moral. Honduras além disto é pobre, mas se inspirar-se nos outros dois, poderá se desenvolver também economicamente.


Pode, portanto, gritar aos seus inimigos um outro brado ex-comunista, o da Passionária: No pasarán!



 

[2]Citados por Cliff Kincaid

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HEITOR DE PAOLA - 17/7/2009
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