- FORTUNE - Yvonne Lau - TRADUÇÃO CÉSAR TONHEIRO - 31 JUL, 2022 -
A geração Z da China e os millennials têm uma palavra para expressar seu descontentamento com a economia e a vida em geral. A evolução está morta, conheça a 'involução'
Nos últimos anos, um grande número deles adotou o ‘lying flat’ (fazer o mínimo para sobreviver), ‘letting it rot’ (tirar o melhor de uma situação ruim) e ‘involution’ (tornar-se estagnado em vez de evoluir ).
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Esses movimentos fatalistas resumem a crescente rejeição dos jovens ao sistema educacional implacável e à cultura de trabalho da China, em que recompensas em troca de trabalho duro se tornaram cada vez mais ilusórias. O número de graduados universitários na China aumentou, mas os empregos de colarinho branco não acompanharam. Quase 11 milhões de estudantes chineses se formarão na universidade neste verão, mas muitos deles podem não conseguir encontrar um emprego.
Agora, a China enfrenta uma bomba-relógio: uma geração de jovens desencantados e desempregados em meio à maior desaceleração econômica que o país viu em anos, causada pela desaceleração global e pelos bloqueios do COVID. Nos últimos anos, trabalhadores jovens e instruídos que tinham empregos cobiçados nas empresas de tecnologia mais famosas da China começaram a 'mentir' e rejeitar a cultura de trabalho '996' — das 9h às 21h, seis dias por semana — que os chineses Big Tech defendiam.
Pinduoduo, uma startup de supermercado com valor de mercado de US$ 73 bilhões, pediu que funcionários de algumas unidades trabalhassem 300 horas por mês, comentaristas online disseram; o horário comercial padrão totaliza 160 horas por mês. O aplicativo enfrentou escrutínio em 2021 após a morte de dois jovens funcionários.
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