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A Ascalada de Agressões da Turquia contra a Grécia: 90 Sobrevoos em Um Único Dia

- GATESTONE INSTITUTE - Uzay Bulut - Tradução: Joseph Skilnik - 25 MAI, 2022 -

Caças turcos violaram o espaço aéreo grego 90 vezes em um único dia, em 15 de abril e sobrevoaram três ilhas gregas habitadas, de acordo com a mídia grega. Caças turcos vêm de fato violando o espaço aéreo grego virtualmente o tempo todo, sem trégua desde o início do ano. A Turquia, vêm há anos ameaçando abertamente capturar ilhas gregas no mar Egeu. Foto: Um Caça F-16 da Força Aérea Turca sobrevoando Eskisehir, Turquia, em 13 de setembro de 2020. (Foto: Adem Altan/AFP via Getty Images)

Enquanto a invasão da Ucrânia pela Rússia desvia a atenção do mundo, a Turquia, membro da aliança da OTAN, assedia outro membro da OTAN, a Grécia, vizinha a oeste.


Caças turcos violaram o espaço aéreo grego 90 vezes em um único dia, em 15 de abril e sobrevoaram três ilhas gregas habitadas, de acordo com a mídia grega.

Caças turcos vêm de fato violando o espaço aéreo grego virtualmente o tempo todo, sem trégua desde o início do ano.


De acordo com o Estado-Maior da Defesa Nacional da Grécia, a Turquia violou o espaço aéreo grego todos os dias entre 11 e 13 de abril. Os caças F-16 sobrevoaram as ilhas gregas de Panagia, Oinousses e Farmakonisi. "Os jatos turcos foram identificados e interceptados por caças gregos, conforme estabelecido pelo direito e as práticas internacionais", consoante com o relatado pelo jornal Kathimerini.


Enquanto isso, em 31 de março, a Roketsan, fornecedora e fabricante de armas de defesa turca, subsidiária da Fundação das Forças Armadas da Turquia, apresentou seu novo míssil em um vídeo apontado para uma ilha grega no mar Egeu.

O site de notícias Nordic Monitor relatou o seguinte:

"uma simulação em vídeo produzida para a promoção do novo míssil contém mensagens para a Grécia. Especialistas militares afirmaram ao Nordic Monitor que empresas turcas de grande porte, fabricantes de armas, como a Roketsan, vêm promovendo seus armamentos globalmente para seus clientes internacionais, mas que empresas turcas vêm simulando vídeos tendo como alvo a Grécia e outros vizinhos, durante anos. "Os especialistas que analisaram as imagens para o Nordic Monitor disseram que o local no vídeo de onde os mísseis foram disparados é a costa de Çeşme, na região oeste da Turquia e que o mapa de satélite no vídeo foi reproduzido com ligeiras alterações."

"Eles também disseram que a ilhota de verdade e as imagens rochosas apresentadas no vídeo confirmam que se trata do litoral de Çeşme a 66 km da costa turca".


"No vídeo, o lado turco aparece subliminarmente como forças amigas ou de acordo com a terminologia militar, como forças azuis, enquanto o outro lado é apresentado com a cor vermelha, que significa inimigo".


"Neste caso, não resta dúvida e também não se trata de nenhuma coincidência que no vídeo os mísseis foram disparados do leste para o oeste. Nestes vídeos, as simulações de lançamento de mísseis são, via de regra, da esquerda para a direita, mas no vídeo ÇAKIR, os mísseis são disparados da direita para a esquerda e os alvos inimigos são destruídos, dando um recado subliminar de que o alvo é a Grécia."


Na realidade, na Turquia, tanto o governo quanto a oposição, vêm há anos ameaçando abertamente capturar ilhas gregas no mar Egeu. E como mostram as recentes violações turcas do espaço aéreo grego, o vídeo de Roketsan e as declarações de autoridades turcas, a invasão da Ucrânia pela Rússia, ao que tudo indica, conferem um conveniente precedente para a Turquia intensificar a agressão militar contra a Grécia.


A Turquia sustenta que a Grécia vem violando acordos internacionais ao estacionar tropas e armamentos nas ilhas orientais do Mar Egeu. A Grécia tem repetidamente rejeitado as acusações respondendo que enquanto houver uma ameaça militar turca a estas ilhas elas não serão desmilitarizadas.


A situação jurídica das ilhas gregas no mar Egeu é clara: o Tratado de Lausanne definiu as fronteiras da Turquia e da Grécia, com exceção das ilhas do Dodecaneso, então ocupadas pela Itália, que voltaram para a Grécia em 1947 após a assinatura do Tratado de Paz de Paris entre a Itália e os Aliados da Segunda Guerra Mundial.


A soberania grega sobre aquelas ilhas encontra-se estipulada por convenções internacionais: Tratado de Lausanne de 1923, Tratado de Montreux de 1936 e o Tratado de Paris de 1947.


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